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O perigo está no ar

Guarulhos, 29 de agosto de 2012

Segurança é um assunto constante no mundo tecnológico, principalmente porque inovações surgem a cada semana no cotidiano das pessoas e trazem, consequentemente, oportunidades para criminosos invadirem o patrimônio dos usuários. A discussão sobre o combate aos crimes virtuais ganhou espaço em vários eventos na semana passada, com destaque para o 4° Congresso de Crimes Eletrônicos e Formas de Proteção, organizado pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), que  divulgou uma pesquisa sobre o crescimento do número de vítimas de crimes eletrônicos.

Segundo o estudo da entidade, o total de pesquisados que declaram serem vítimas é de 12,76% – superando os 8,48% registrados no levantamento do ano anterior. Clonagem de cartão (21,09% do público), uso indevido de dados pessoais de cartão e conta bancária (10,16%) e clonagem de página pessoal em site de relacionamento (7,81%), apontados como os maiores crimes pelos entrevistados, comprovam a fragilidade do sistema na internet.

Diante dessa preocupação geral – especialmente com a realização, amanhã, do propício Dia Internacional de Segurança em Informática (leia mais nessa página) – é importante lembrar de um elo frágil na segurança eletrônica: a rede Wi-FI. Esse meio de acesso à web continua sendo o principal roubo de informações pessoais. Medidas preventivas podem evitar novas vítimas e elas exigem alto conhecimento técnico dos usuários.   
 
Camilo Di Jorge, gerente-geral da ESET, especializada em soluções de segurança, aponta como maior fonte de roubos a rede pública – de cyber cafés, lan houses de jogos, aeroportos, restaurantes e outros locais espalhados pelo País. “A regra é nunca usar dados sensíveis, como os bancários, em lugares como esse, principalmente para acessar o Internet Banking ou fazer compras com cartão de crédito em sites de compras coletivas”, recomenda Di Jorge. Ele lembra que as lan houses, frequentadas por gamers – leia-se hackers em potencial – são locais mais críticos.  “Se for inevitável, mesmo, acessar o banco numa emergência, o usuário deve prestar atenção nos sites seguros, sinalizados no início do endereço pelo https. Evita-se assim páginas falsas de bancos”, lembra o executivo. No caso de acesso ao banco, através de aplicativos em smartphones e tablets, Di Jorge afirma que esse recurso é mais seguro. “Esse tipo de operação é mais fechada porque é feita dentro do programa e não em uma navegação na internet.”