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Natal feliz é aposta de supermercado para o final do ano

Guarulhos, 30 de outubro de 2003

ArteDesemprego, recessão, cautela dos consumidores: não são suficientes para supermercadistas que arriscam palpite e acreditam acréscimo nas vendas em 10%

Com a proximidade das festas de final de ano, redes de supermercados de Guarulhos esperam vender mais do que em 2002. Apesar do crescente índice de desemprego que assola o país e da crise financeira enfrentada pela grande maioria da população brasileira. Os proprietários de supermercados acreditam que as vendas esse anos serão melhores do que no ano passado.

Em pesquisa realizada pela Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), 48% dos entrevistados irão manter suas encomendas nos mesmos níveis de 2002, por outro lado 36% pretendem comprar mais da indústria e apenas 10% são temerosas a ponto de reduzir suas compras.

O clima de otimismo entre uma boa parcela dos representantes dos supermercados vai além das vendas, e passa para as contratações de mão-de-obra temporária para o período de festas. Mesmo assim, muitos consumidores são cautelosos e prometem gastar menos do que no ano anterior.

A gerente geral dos Supermercados Irmãos Lopes, Elizabete Nogueira, afirma que a rede pretende vender 10% a mais de produtos como panetone, vinhos nacionais, sidras, champanhes e brinquedos populares. Mas manterá o mesmo percentual de encomendas relacionadas a frutas secas e bacalhau como no ano anterior.

Mesmo com a queda de 18% do dólar em relação ao mesmo período de 2002, os Irmãos Lopes não investirão em produtos importados.

Apesar do otimismo dos Irmãos Lopes e da cautela dos consumidores. A rede Carrefour de supermercados declara que pretende importar 700 toneladas de frutas secas, o que corresponde em 10% a mais que 2002. Além da compra de 15% a mais de bacalhau e de 69 mil aparelhos de DVD importados da China, os quais pretende vender pelo menor preço do mercado, que é hoje R$ 395. O Carrefour acredita que esse ano venderá 10% a mais que no ano anterior.