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Guarulhos participa do Dia Mundial do Refugiado

Guarulhos, 21 de junho de 2011

Guarulhos participou das comemorações do Dia Mundial do Refugiado, na segunda-feira, 20, com ato simbólico organizado pelo CDDH Guarulhos (Centro de Defesa dos Direitos Humanos), ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) e Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania. Um refugiado colombiano produziu empanadas típicas de seu país para o café da manhã aos moradores do albergue municipal.

O evento contou com a participação da Assistente de Reassentamento do ACNUR no Brasil, Cyntia Sampaio, do coordenador do projeto de reassentamento de refugiados do CDDH, Orlando Fantazini, do presidente do CDDH, Expedito Leandro Silva, do secretário-adjunto de Assistência Social, Samuel Vasconcelos, membros do CDDH e vários cidadãos.

O CDDH Guarulhos coordena no Estado de São Paulo o reassentamento de refugiados. Atualmente estão em atendimento 160 pessoas, a maioria da América Latina, distribuídas em projetos nas cidades de Guarulhos, Mogi das Cruzes, Itatiba, Jundiaí, Monte Mor, São José dos Campos, Taubaté e Caçapava. Em Guarulhos, são 13 refugiados reassentados.

O Dia Mundial do Refugiado foi comemorado em outras cidades brasileiras, entre elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e Itatiba. Nas capitais, foram montados estandes da campanha Calce os Sapatos dos Refugiados, que promove a tolerância e a integração dos refugiados e de outras populações sob atenção do ACNUR. O público foi convidado a participar e experimentar a sensação de ser um refugiado, entendendo, dessa forma, a situação e as necessida¬des das pessoas.

Neste ano, as atividades estão inseridas no âmbito das comemorações do 60º aniversário Convenção da ONU sobre o Estatuto dos Refugiados, dos 50 anos da Convenção da ONU sobre a Redução da Apatridia e dos 150 anos de nascimento do norueguês Fridtjof Nansen, o primeiro Alto Comissário para Refugiados da Liga das Nações (entidade que antecedeu a própria Organização das Nações Unidas).

De acordo com a Convenção de 1951, relativa ao Estatuto dos Refugiados, estão nesta condição pessoas que se encontram fora do seu país por conta de fundado temor de perseguição por motivos de etnia, religião, nacionalidade, opinião política ou participação em grupos sociais, e que não possam, ou não queiram, voltar para casa. Também são consideradas refugiadas aquelas obrigadas a deixar o país devido a conflitos armados, violência generalizada e violação dos direitos humanos.