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“Dia dos Namorados” traz forte apelo ao comércio

Guarulhos, 10 de junho de 2003

Firmando-se como mais uma data importante para o comércio no primeiro semestre do ano, o “Dia dos Namorados” tem um desafio: superar as vendas do mês anterior em que se comemorou o Dia das Mães, o que não é uma tarefa fácil pois esta última é a segunda melhor data no volume de vendas, sendo superada apenas pelo Natal.

Se seguir a tendência de queda nos últimos meses no SCPC e UseCheque – serviços do sistema de consulta ao crédito da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos que medem as compras a vista e a prazo -, não devemos ter grandes expectativas. “Mas se manter o ritmo de maio, que alcançou 13 pontos percentuais positivos com relação a abril, poderemos melhorar o desempenho do comércio”, avalia o presidente da ACE-Guarulhos, Decio Pompêo Junior. Fatores como a manutenção das altas de juros do cheque especial ou cartão de crédito, que comprometem o consumo, podem afetar negativamente as compras. Por outro lado, o Dia dos Namorados contempla uma fatia maior do mercado, já que os presentes são destinados para homens e mulheres das mais variadas faixas etárias, com forte apelo da mídia.

Pesquisa da Federação do Comércio, por exemplo, realizada junto a 900 consumidores constatou que a intenção das pessoas é gastarem em média R$ 39,70 com presente na data, contra R$ 34,00 gastos para o Dia das Mães.

Em 2002, devido à agitação do mercado diante do debate sucessório na Presidência da República, os enamorados não permitiram que a “paixão” falasse mais alto. Resultado: em Guarulhos o UseCheque fechou o mês com 62.420 consultas, ou seja, -6,23% em comparação com o ano anterior e -18,76% em relação ao mês de maio. O SCPC que mede as compras a prazo registrou aumento nas consultas de apenas +2,77% em relação ao ano anterior, alcançando 86.460 consultas. Já em comparação ao mês de maio a retração foi de -10,21% ao mês de maio.

“Embora haja aprovação ao governo Lula nas pesquisas de popularidade, ainda não tivemos por parte do governo federal medidas que reflitam positivamente sobre o consumo através da melhora do poder aquisitivo. O que talvez possa acontecer no segundo semestre deste ano”, conclui o presidente da ACE.

Margarete Costa