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Aumento de telefone terá impacto de 0,56 ponto na inflação

Guarulhos, 30 de junho de 2003

O reajuste médio de 18,9% autorizado pela Anatel nas tarifas de telefonia fixa terá um impacto de 0,56 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de julho. Caso o reajuste fosse integral, o impacto seria de 0,66 ponto percentual. A estimativa é do Departamento de Política Econômica do Banco Central e foi divulgada no relatório Focus desta sexta-feira (27).

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que o reajuste de mais de 40% nas tarifas de telefonia a partir de domingo pode alongar a permanência da chamada inércia inflacionária. Até a última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) do BC, que reduziu semana passada a Selic de 26,5% para 26%, o motivo alegado pela autoridade monetária para não baixar a taxa básica de juros era exatamente esse.

No boletim Focus, o BC lembra que o reajuste de 18,9% faz com que a variação total das tarifas de telefonia fixa no ano chegue a 25,5%, já considerado o aumento médio de 5,59% do pulso do telefone fixo para móvel autorizado em janeiro. Na mais recente estimativa do Copom, o reajuste médio das tarifas telefônicas deveria ficar em 17%, o que teria impacto de meio por cento na inflação.

O aumento só não foi maior porque as operadoras abriram mão do adicional de 9% a que têm direito, no caso da assinatura residencial e pulso, e praticaram, para esses itens, um reajuste quase 4 pontos percentuais abaixo do índice formado pelo IGP-DI menos 1% de produtividade (total de 28,75%). Em contrapartida, elas reajustaram com um maior índice (41%) os demais itens da cesta, como assinaturas comerciais, troncos, fichas telefônicas e habilitação.