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A estabilidade e o crescimento preocupam

Guarulhos, 05 de junho de 2003

arteA principal preocupação das empresas ainda é a estabilidade e o crescimento da economia. No entanto, cresceu o alerta em relação aos problemas internos das companhias e foram reduzidas as apreensões quanto ao cenário econômico internacional.

Essas foram as constatações da Pesquisa DCI, realizada em maio com 319 empresários e executivos de empresas.

Metade dos entrevistados (51,42%) apontou o futuro da economia do País como principal fonte de preocupação ” abaixo dos 55,89% de abril, mas ainda o principal motivo de apreensão entre os homens de negócio.

O levantamento mostrou também que cresceu bastante (de 14,82% em abril para 23,28% no mês passado) o percentual de empresários que apontam como principal preocupação a situação de suas empresas.

Na primeira pesquisa, em fevereiro, esse porcentual foi de 25,18%.

As dificuldades do setor tiveram pequena variação na lista de preocupações, caindo de 25% em abril para 22,87% em maio.

Já a expectativa em relação ao cenário internacional caiu novamente, de 4,29% para 2,43%. O percentual é insignificante quando comparado ao da primeira pesquisa, realizada em fevereiro, que foi de 14,53%.

A explicação para essa queda livre é a guerra no Iraque: em fevereiro, havia expectativa em relação aos resultados da ação militar dos Estados Unidos e do Reino Unido em território iraquiano.

Micros mais apreensivas

Por tamanho de empresa, as preocupações são maiores, em relação ao crescimento e estabilização da economia, entre as microempresas (23,47%). Depois vêm as pequenas, com 18,21%, as médias (15,18%) e as grandes (13,95%).

As micros são as que mais priorizam também a expansão de seus negócios entre suas preocupações, com 9,65%.

É interessante notar que a taxa de juros, tão debatida nos últimos tempos, está em sétimo lugar na pesquisa entre os temas que mais preocupam as empresas. E são mais preocupantes para grandes (8,14%) e para pequenas (7,96%).

A falta de crédito preocupa quase no mesmo nível pequenas (1,69%) e micros (1,61%). Nas médias, o índice foi de 1,32% e nas grandes, de 0,78%. Esse tema foi do 15º colocado na lista de maiores fontes de apreensão para empresários e executivos.

As médias são as que mais se preocupam com a taxa de câmbio (11,39%), seguidas pelas pequenas (10,25%).

Economia preocupa comércio

Por setores, a preocupação com a estabilização da economia é maior no comércio (21,62%) e em serviços e finanças (20,95%).

Em agronegócios, a maior fonte de preocupação é a reforma tributária (21,29%), bem acima da indústria (4,60%), comércio (3,78%) e seviços/finanças (3,12%).

Na indústria, os empresários têm preocupação, além da estabilidade na economia, com a taxa de câmbio (10,79%) e com os juros (10,16%).

Em serviços e finanças, existe apreensão também com a taxa de câmbio (9,98%) e a melhoria da qualidade (9,10%).

A competição preocupa mais o comércio (10,81%) e serviços/finanças (8,60%).

Theo Carnier