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A Última Profecia traz Richard Gere e apelo em fatos reais

Guarulhos, 04 de outubro de 2002

arteOs cabelos grisalhos do galã Richard Gere podem até trazer uma dezena de fãs ao cinema, mas desta vez não são o principal atrativo de A Última Profecia, estréia deste final de semana. O maior apelo do thriller de Mark Pellington (O Suspeito da Rua Arlington) é o fato de ser baseado em relatos reais, por mais incríveis que estes pareçam ser.

O filme foi gerado a partir de um livro escrito por um repórter que presenciou os tais acontecimentos na cidade de Point Pleasant, Virgínia Ocidental, durante a década de 60. Os estranhos fenômenos duraram treze meses e foram interpretados como premonições de uma tragédia que deixou mais de 30 mortos.

Gere vive John Keel, um jornalista do Washington Post que perde a mulher num acidente de carro. Antes de morrer, porém, ela faz desenhos de uma espécie de anjo negro que viu ao perder a direção do automóvel. Passados dois anos, durante uma viagem a trabalho para Richmond, Keel acaba parando misteriosamente em Point Pleasant, a 650 quilômetros de onde pensava estar.

Lá o jornalista descobre que vários moradores da pequena cidade tiveram visões da mesma criatura que sua mulher desenhara antes de sua morte. Sem conseguir deixar Point Pleasant, Keel passa a receber estranhos telefonemas com previsões de desastres que acabam se confirmando. Com a ajuda da policial da cidade (Laura Linney), o repórter começa a investigar o caso.

Até aí, a mistura de cenas desconcertantes com a exploração do drama psicológico do personagem central faz o filme correr bem. A partir do momento em que os fenômenos começam a apontar para a última tragédia, porém, a trama desanda. Os mais de trinta minutos finais arrastam-se, a ponto cansar o espectador.

Andréia Fernandes