PIB da região de Guarulhos sobe 9% PIB da região de Guarulhos sobe 9%
No primeiro semestre de 2010 o Indicador de Movimentação Econômica Regional (IME-R) da região de Guarulhos apresentou resultado positivo (+ 9%) sobre igual período do ano anterior, ficando acima daquele estimado para o Estado de São Paulo (+7,1%) e também do estimado para o Brasil (+8,9%).
Setorialmente, apesar de a indústria ter registrado a maior taxa de crescimento na região (+9,2%), acima da média do Estado (+8,7%) mas abaixo do País (+13,7%), o destaque de desempenho ficou com o segmento de comércio e serviços. Nesses setores, o IME-R da região de Guarulhos teve alta de 9%, contra taxas positivas de 6,5% no Estado de São Paulo e 5,8% no País. Na Agropecuária, o crescimento regional foi de 1,4%, contra variação positiva de 0,2% em São Paulo e de 4,3% no Brasil.
Com esse resultado, diz o professor titular da FEA-USP e especialista em economia regional, Carlos Azzoni, a região de Guarulhos – que inclui a cidade mais oito municípios (Atibaia, Mairiporã, Arujá, Santa Isabel, Nazaré Paulista, Bom Jesus dos Perdões, Piracaia e Joanópolis) – soma no primeiro semestre de 2010 um PIB estimado de R$ 20,465 bilhões (em valores de 2008), e fica na oitava posição no Estado, em termos de valor do IME-R, quando consideradas as vinte e seis regiões analisadas na pesquisa. “Enquanto no País o que puxa o crescimento é a indústria, em Guarulhos esse segmento também é forte, mas o que se destaca mais são as atividades de comércio e serviços”, explica, lembrando que estas são beneficiadas pela localização da região; aglomeração de grandes e pequenas empresas de todos os segmentos e por um forte mercado consumidor, com crescimento populacional acima da média do Estado.
O economista do Sebrae-SP, Pedro João Gonçalves, ressalta que a região é beneficiada pela diversidade em sua atividade econômica e lembra que entre os setores mais pungentes nos últimos anos em termos de abertura de empresas estão o varejo de material de construção e vestuário (crescimentos no número de micro e pequenas empresas no mercado de 6,4% e 4,8% ao ano, contra média de 4,1% no comércio em geral). Também mostram força, quanto à expansão no número de micro e pequenas empresas, os segmentos de serviços, em geral, assim como as tradicionais indústrias do setor metal-mecânico, borracha, plásticos e máquinas e equipamentos.
Para Cristiane Rebelato, gerente do escritório de Guarulhos do Sebrae-SP, os números comprovam que a cidade está entre as primeiras a se recuperar da crise econômica e, para isso, conta com a força das micro e pequenas empresas, que somam mais de 98% dos empreendimentos da região. “Vivemos um ciclo positivo, com mais mercado, mais renda, mais consumo. O papel do Sebrae-SP é fomentar a competitividade dos pequenos negócios, atuando em várias frentes, desde a formalização e capacitação para a gestão das empresas até o desenvolvimento de projetos em segmentos importantes, como varejo, serviços e indústrias de plásticos e setor metal-mecânico”. Ela destaca, ainda, que Guarulhos ganhou mais uma ferramenta para melhorar o ambiente para os pequenos negócios: a nova Lei Geral das MPEs, aprovada no início de novembro pelo município.
O IME-Regional, ou IME-R, é calculado periodicamente pelo Sebrae-SP, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Trata-se de um indicador composto relacionado ao nível de atividade econômica de determinada região. Assim, quanto maior a variação do IME-Regional, maior será a variação na movimentação econômica da região analisada. Por isso, os valores do IME-R podem ser interpretados como estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) da região observada, de forma antecipada à divulgação do PIB dos municípios pelo IBGE e pela Fundação Seade.