Brasil ainda deixa a desejar em competitividade
O Brasil resistiu bem à crise financeira quando comparado com outros países. Mas quando o assunto é competitividade, ainda deixa muito a desejar, de acordo com estudos sobre os efeitos da crise e o índice de competitividade, ambos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A entidade analisou dados de 43 países, responsáveis por 90% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.
O levantamento feito pela Fiesp organizou um banco com cerca de 48 mil informações, divididas em oito fatores determinantes para a competitividade. O Brasil ocupa a 37ª posição entre as 43 possíveis. “O avanço recente da economia resultou no melhor resultado da série e no ganho de uma posição em 2008”, disse o diretor do Departamento do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho. “O Brasil fez um bom trabalho, apesar de não estar criando vantagens competitivas. Nesse quesito, Argentina, México e Venezuela ainda estão à nossa frente”, acrescentou.
Para analisar os impactos da crise financeira, o estudo levou em conta 21 variáveis mais afetadas, como nível da atividade, participação do governo, mercado de trabalho e sistemas financeiro e monetário, entre o primeiro trimestre deste ano e igual período de 2008.
De zero a 100, o Brasil recebeu a nota 48, e aparece no grupo dos países com resistência média/alta. A China conseguiu a nota 100 e lidera o ranking. A Rússia ocupa o último lugar, com nota zero. “A Rússia tornou-se mais dependente de petróleo e gás”, destacou. A crise reduziu o PIB per capita mundial em 1,6%. No Brasil, houve crescimento de 0,3 pontos percentuais. A Indonésia teve evolução de 6,6 pontos percentuais. Já a Turquia, uma redução de 11,9 pontos.