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MJJM recebe o apoio de funcionários e pacientes

Guarulhos, 21 de outubro de 2005

Funcionários e pacientes do Jesus, José e Maria fizeram uma manifestação como forma de alertar o poder público para o fechamento da maternidade

GuarulhosWeb

Protesto na avenida Tiradentes

Cerca de 200 pessoas, entre funcionários e pacientes da Maternidade Jesus, José e Maria, promoveram um abraço simbólico em torno da instituição, na manhã da última quinta-feira, dia 20 de outubro. O ato teve como objetivo alertar as autoridades, a população e os empresários locais, sobre a possibilidade de interrupção definitiva dos serviços deste hospital, se não houver ajuda financeira imediata. Os manifestantes ainda saíram em caminhada rumo à sede da Prefeitura Municipal de Guarulhos.

Os funcionários e pacientes, munidos com apitos e faixas nas mãos, muito emocionados, rezaram pela instituição no momento do abraço. O diretor da maternidade, Nelson Schiavi, elogiou a atitude e a realização do manifesto.

“Esta manifestação está me dando alegria, pois partiu dos funcionários, o que comprova o amor que eles têm pela instituição”, declarou.

Schiavi disse ainda que os governos federal, estadual e municipal sempre ajudaram o hospital com recursos, mas que eles não eram suficientes para o número crescente de atendimentos. Ele afirmou estar esperançoso para um bom desfecho da crise.

“Tenho esperança de que aconteça uma sensibilização e que desta forma  possamos conseguir recursos suficientes”, afirmou.

Já o presidente da ACE, Decio Pompêo Junior, que também estava presente a manifestação, criticou o poder publico.

“Existe um andar inteiro que ainda não pode ser usado por falta de vontade política. É inconcebível ver um aparelho hospitalar de primeiro mundo como este, passar por esta humilhação. Vale ressaltar que a maternidade oferece atendimento gratuito, com cara de hospital particular”, salientou.

O sinal de alerta na instituição acendeu no início de 2005, quando a Prefeitura de Guarulhos conquistou a gestão plena da saúde no município, o que acarretou na suspensão dos recursos do governo do estado de São Paulo.
Desde 2002, a instituição funciona através de uma parceria em que governo federal custeia 40% dos atendimentos e os outros 60% são divididos entre o governo estadual e municipal.

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Maternidade está com déficit

Hoje a Maternidade tem um custo mensal de cerca de R$ 900 mil e consegue deste montante apenas R$ 550 mil. Até o final de 2005, segundo a instituição, o déficit chegará a R$ 2,5 milhões.

Com a paralisação do atendimento, cerca de 75 pacientes e 500 partos mensais deixarão de acontecer na Maternidade, voltada 100% ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Serviço:

Maternidade Jesus, José e Maria
Viela 4, 1335 – Travessa da Avenida Doutor Renato de Andrade Maia
Telefone: 6440-7555

Doações:

Banco Itaú
Agência: 3150
Conta Corrente: 00037-4