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Copom prevê reajuste menor da gasolina

Guarulhos, 25 de setembro de 2003

A estabilidade de indicadores econômicos e pequenas reduções nas taxas de inflação de 2003, dos próximos 12 meses e de 2004 projetadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) levaram à redução da taxa básica de juros em dois pontos percentuais na semana passada. É o que informa a ata da reunião de setembro do Copom, acrescentando que “as projeções de inflação para os próximos 12 meses e para 2004 encontram-se abaixo da meta” e “o comportamento do câmbio e do setor externo não constituem fontes de pressão inflacionária no curto prazo”.

A previsão do Copom para o reajuste acumulado do preço da gasolina em 2003 caiu 2,7 pontos percentuais, passando dos 4,9% projetados na reunião do mês de agosto para 2,2%. Motivo: “A apreciação cambial ocorrida no último mês e a queda da cotação internacional do petróleo”.

Para o gás de botijão, as projeções de reajuste para este ano foram reduzidas de 5,8% para 5,4%.

Em relação às tarifas de energia elétrica, o Copom também reduziu a previsão de alta, de 22,3% para 20,8%.

Por outro lado, a estimativa de reajuste nas tarifas de telefonia fixa em 2003 passaram de 25,5% para 25,7%.

A estimativa menor de alta dos preços administrados em 2004 (espera-se aumento de 8,3%, contra 8,7% estimados em agosto) e também ao impacto do resultado do PIB no segundo trimestre, que ficou abaixo do previsto foram fundamentais para a decisão do Copom de baixar a Selic.

“Essas novas projeções, com taxa Selic constante a 22,0% e taxa de câmbio em R$ 2,90, permanecem, portanto, abaixo da trajetória das metas”, resume a ata, explicando por que havia espaço para nova redução dos juros.

O texto não diz qual é a projeção menor de inflação após terem sido considerados esses elementos. A meta para 2003 é de IPCA de 8,5% e, para 2004, o centro da meta é de 5,5%.

Mesmo considerando o impacto do PIB sobre a previsão de inflação de 2003, o Copom adianta que, mesmo mantendo a Selic em 22% ao ano e com taxa de câmbio em R$ 2,90, as previsões “apontam para uma inflação acima da meta ajustada de 8,5% em 2003”.