Notícias

Para criar e fortalecer empresas

Guarulhos, 05 de agosto de 2003

Quem deseja abrir um negócio, mas não sabe por onde começar, e sobretudo quem já abriu e enfrenta dificuldades pode contar com os serviços gratuitos de orientação empresarial oferecidos pelo Sebrae-SP.

As transformações ocorridas na economia e no mercado de trabalho estão obrigando os trabalhadores a mudar de eixo e partir para atividades empreendedoras. Como abrir um negócio envolve decisões sérias e algumas vezes investimentos altos que precisam ser bem estudados, muita gente fica perdida sem saber a quem recorrer. A decisão mais sensata é buscar orientação. Um dos órgãos mais conhecidos no Brasil, nesse setor, é o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ” Sebrae ” que presta gratuitamente variada gama de serviços.

O gerente da área de orientação empresarial, Antonio Carlos Mattos, explica que os ensinamentos são passados em etapas, começando pelas regras fundamentais para o sucesso de um empreendimento.

Mandamentos

“O primeiro passo é conhecer o negócio a fundo e isso pode levar meses de pesquisa. Deixamos claro que a pessoa precisa entender qual a tecnologia empresarial do segmento e se ela terá competência para explorá-lo”, diz o consultor.

Em seguida, o novo empreendedor é orientado a analisar se a natureza do negócio é realmente ideal para o seu perfil e estilo de vida, além de descobrir quais as estratégias que serão usadas para vender e lucrar. “Essa etapa é extremamente importante. Muitas empresas fracassam, porque os donos acham que tudo que entra é lucro. Esse raciocínio está errado. É fundamental separar o dinheiro da empresa do pro-labore ou salário dos proprietários. Outro fator de fracasso é a atenção que o empreendedor precisará dispensar à atividade. Há pessoas que não gostam de trabalhar aos sábados e domingos e se quiserem abrir uma farmácia farão o quê?”, observa Mattos.

Outro desafio passado ao futuro empresário é o de pensar em uma maneira de fazer o negócio evoluir cada vez mais sem depender do patrão no dia-a-dia. “Muita gente pode achar estranho, mas o dono deve pensar nas hipóteses de tirar férias, ficar doente e por que não, ter outros negócios para administrar, pois um empresário não amplia seus negócios se estiver preso ao lado operacional”, ensina.

Infra-estrutura

Na opinião do diretor-superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca o modelo industrial esgotou-se e agora é preciso entrar na era do auto-gerenciamento via empreendedorismo. “Ao contrário do que deveria acontecer a vocação acaba se tornando necessidade. Por isso trabalhamos para mostrar às pessoas que isso pode ser aprendido, dando-lhes opções para abrirem seus negócios de maneira correta”, explica.

Com 35 unidades espalhadas por todo o estado de São Paulo ” cinco na Capital e 30 no interior ” o órgão ainda tem oito trailers que se deslocam para os municípios onde não há escritórios. A infra-estrutura oferece orientação empresarial e muitos serviços são totalmente gratuitos. De janeiro a junho, o órgão realizou mais de 247 mil atendimentos no Balcão e no Ligue Sebrae.

Mônica Moreira