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Estímulo às micro e pequenas estará na pauta do Banco Mundial

Guarulhos, 24 de julho de 2003

O estímulo às micro e pequenas empresas é um dos itens da pauta do Banco Mundial, na definição das estratégias de assistência ao Brasil para os próximos quatro anos, segundo confirmou o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, ministro Tarso Genro.

A equipe técnica e o diretor do Banco Mundial, Vinod Thomas, reuniram-se, na terça-feira, 22, com técnicos do Conselho e o ministro Tarso Genro, encerrando o processo de consultas para definição de estratégias de atuação no Brasil. O estímulo às micro e pequenas empresas foi sugerido pelo CDES no primeiro encontro, no inicio de julho. Uma das preocupações colocadas foi a necessidade de apoio às novas empresas para reduzir o índice de mortalidade registrado no primeiro ano de vida de empresas do segmento.

“O banco está colhendo opiniões para as linhas de intervenção que vai ter para dar sustentação aos trabalhos do governo federal. E o governo tem uma visão de que as micro e pequenas empresas não são só um fator de economia social, de geração de emprego, mas de formação de base para o desenvolvimento macroeconômico”, disse Tarso Genro, explicando os motivos que levaram o CDEs a fazer a sugestão.

O ministro disse que o governo está preocupado com a mortalidade das micro e pequenas empresas e reconhece que isso acontece por “falta de apoio do sistema financeiro, do financiamento público, do impulsionamento tecnológico, da qualificação dos produtos e até da inclusão das micro e pequenas empresas no processo exportador que o governo está fazendo”.

Segundo Vinod Thomas, o estímulo às micro e pequenas empresas está entre as prioridades do governo brasileiro e já vem sendo analisado pelo Banco Mundial. Atualmente, adiantou, o banco está “trabalhando um empréstimo sobre competitividade e produtividade”, com enfoque particular nas MPEs, “porque elas têm esta dificuldade de acesso a financiamento”. Quanto aos valores, disse que ainda não estão definidos.

Recursos

Anualmente, conforme Vinod Thomas, o Banco Mundial investe uma média de 1,5 bilhão de dólares no Brasil, entre empréstimos e financiamento de projetos. O aumento desses valores depende da decisão do governo brasileiro.

Dilma Tavares