Vendas online no Brasil cresceram quase 40% em 2003
Apesar das dificuldades econômicas, o comércio eletrônico fechou 2003 com resultado positivo, correspondendo às expectativas do mercado. As vendas somaram R$ 1,180 bilhão no ano e aumentaram 38,9% em relação aos R$ 850 milhões registrados em 2002, segundo pesquisa da e-bit divulgada nesta segunda-feira, 12, pelo jornal “Valor”.
– Considerando que a economia não foi nada favorável, trata-se de um desempenho forte – diz Pedro Guasti, presidente da e-bit.
Na temporada de Natal, de 15 de novembro a 23 de dezembro, foram movimentados R$ 204 milhões em vendas, o equivalente a 17% do total.
– O Natal salvou o ano – disse Guasti ao “Valor”.
De acordo com a agência Reuters, o varejo online no Brasil deve crescer este ano cerca de 30%, para US$ 1,6 bilhão de reais, desacelerando um pouco o ritmo de crescimento em relação ao ano passado porque a concorrência acirrada estimulará promoções freqüentes e porque os novos internautas tendem a gastar menos, receosos quanto à segurança da rede.
O valor médio das compras pela Web em 2003 no país foi de R$ 300, considerado elevado pois é semelhante aos US$ 100 gastos pelos americanos.
Atualmente, apenas 10% dos 20 milhões de internautas brasileiros fazem compras online.
– Ainda é um mercado em crescimento porque é um mercado novo. Temos ainda um potencial grande, há pessoas que estão na Internet e ainda não compram – disse à Reuters o diretor-geral do Submarino, Flavio Jansen.
O site faturou R$ 211 milhões no ano passado, 60% acima do obtido em 2002.
As compras pela Web são feitas por um público que tem dinheiro para gastar e cada vez mais confiança para comprar de livros a geladeiras online, por exemplo. Mas mesmo entre as classes A e B a penetração do comércio eletrônico ainda é baixa. O principal desafio é convencer mais rapidamente o público de que as compras em sites consagrados são seguras.