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Varejo espera vento a favor a partir deste mês

Guarulhos, 04 de abril de 2013

O varejo acredita que a manutenção da desoneração tributária para automóveis e as perspectivas de recuo da inflação de alimentos darão novo fôlego ao consumo, que tem se mostrado discreto ao longo de 2013. As vendas no varejo estão mornas no ano, e não foi diferente no mês de março, em que elas recuaram 3,2% na comparação com igual mês de 2012, de acordo com os dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), administrado pela Boa Vista Serviços.

Ao se fragmentar o resultado do último mês observa-se que a queda é mais acentuada nas vendas de bens com maior valor agregado, medidas pelas vendas a prazo. Estas recuaram 4,9% na comparação com março de 2012. Pondera-se que o mês de março teve dois dias a menos neste ano. Quando os dados são ajustados pela média diária de venda chega-se a alta de 2,7%. Já as vendas à vista, que costumam ser de menor valor agregado, a queda foi de 1,4%. Com ajuste pela média diária observa-se alta de 6,5%.
 
De acordo com análise feita pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) dos dados da Boa Vista, o “efeito calendário” tem desfavorecido a comparação mensal. O primeiro trimestre deste ano teve três dias úteis a menos do que no mesmo período de 2012.
 
Segundo Emilio Alfieri, economista da ACSP, quando os dados do trimestre são ajustados pela média diária de vendas chega-se a uma alta de 3,5% na comparação com 2012. Já na comparação absoluta, registra-se queda de 0,5%.
 
Agora em abril, mês sem feriado, será possível ter uma visão mais clara da situação do varejo. “O fim do efeito calendário de fevereiro e março, e a manutenção da alíquota reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até o fim do ano, devem estimular as vendas dos bens duráveis”, diz Rogério Amato, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).