Treinamento é melhor alternativa para evitar constrangimentos
Após verificar situações constrangedoras ao consumidor que muitas vezes é surpreendido com situações inesperadas como o barulho de um alarme ao sair da loja, as empresas varejistas estão apostando no treinamento de seus profissionais. As Lojas Americanas, por exemplo, foi obrigada a pagar indenização de R$ 40 mil para dois consumidores, após o alarme da loja ter disparado quando o casal saia do local com suas compras. Após revista realizada, foi constatado que uma funcionária da loja não teria retirado a etiqueta eletrônica de uma das mercadorias.
Segundo a assessoria de imprensa da Lojas Americanas, diariamente, circulam quase 1 milhão de pessoas pelas 98 lojas em todo o país, e são emitidos, mais de 500 mil tickets de venda e que o fato ocorrido não gerou constrangimentos.
Para a coordenadora de perdas do Programa de Administração do Varejo (Provar), Cecília Leote, o ocorrido nas Lojas Americanas é um fato atípico. “Geralmente as grandes redes varejistas, como a Americanas, investem muito no treinamento de seus profissinais e trabalham em cima de prevensão de perdas”, explica.
A ombudswoman da Sensormatic, empresa que oferece produtos, serviços e soluções para prevenção de perdas no varejo para 6 mil empresas varejistas do país, Meire Soares, acredita que situações como esta são comuns no varejo, e que a solução está no treinamento dos profissionais.
“Quanto mais treinado for o funcionário da loja, menor seram os erros”, ressalta. A primeira dica da ombudswoman para evitar erros está na abordagem. “A primeira medida a ser tomada é indicar ao consumidor se existe um controle de etiquetas”, diz. Depois, segundo ela, o operador de caixa deve se certificar se a etiqueta eletrônica foi retirada.
Se mesmo o lojista esquecer da etiqueta, a empresa deve tomar cuidado na abordagem. “É indicado que a empresa peça para que o cliente mostre a mercadoria sem tocá-la e conversar com o cliente em um local longe dos olhares de outros clientes”, diz.
De acordo com dados do Provar, as perdas do varejo brasileiro chegam a R$ 4,5 bilhões por ano, em razão de furtos externos (36,5%) e de erros operacionais (25,3%).
Daniela Nogueira