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Trabalho remoto ou presencial: qual alternativa escolher?

Conheça os prós e os contras da modalidade que se tornou a principal forma de trabalho durante a pandemia

Guarulhos, 27 de outubro de 2020

O trabalho remoto, também conhecido como “home office”, é uma modalidade de teletrabalho que permite que os profissionais desempenhem suas funções no conforto de suas casas. Apesar de não podermos datar quando essa prática começou – visto que vários segmentos do mercado de trabalho a utilizam há décadas –, é notável sua popularização nos últimos dez anos.

Parte disso se dá por conta do setor de tecnologia. Por estar constantemente conectado, a flexibilidade se tornou um ponto essencial para esses modelos de negócio. No Brasil, o trabalho remoto recebeu um grande pontapé após sua regulamentação, realizada em 2017 na chamada Reforma Trabalhista. Hoje, também é possível citar a pandemia como outro fator que acelera a expansão dessa modalidade. De acordo com a Pesquisa Gestão de Pessoa na Crise Covid-19, realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), 46% das empresas adotaram essa estratégia durante a quarentena.

A medida agradou a muitos. A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP realizou uma análise para medir o quão bem a população estava recebendo essa nova forma de trabalho. Os pesquisadores descobriram que 70% dos entrevistados gostariam de continuar trabalhando remotamente após o período de isolamento social.

Mas, quando colocado no ponto de vista das empresas, a realidade é um pouco diferente. Também de acordo com a FIA, 70% das organizações planejam encerrar a prática ou reduzi-la após a pandemia.

Trabalho remoto ou presencial?

Os resultados podem parecer ir contra o senso comum. Afinal, muito se fala sobre como a modalidade ajuda a cortar gastos e flexibiliza o fluxo de trabalho das corporações. Então, é normal que nós encaremos o trabalho remoto como a solução de muitos dos nossos problemas. Entretanto, ele também esconde alguns perigos.

Antes mesmo da pandemia, autores como Barros e Silva (2010) exaltavam as desvantagens desse modelo de trabalho. Segundo eles, esses trabalhadores enfrentam com um dia a dia mais concorrido e rotinas de trabalho estendidas. Entre os motivos para isso estão a dificuldade em separar a vida pessoal com a profissional O resultado são problemas de saúde, como a síndrome de burnout.

O oposto também pode acontecer, com trabalhadores ficando menos atentos e procrastinando mais. Afinal, estamos muito mais suscetíveis à distrações quando em casa. E o resultado é desastroso para a produtividade. Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia inclusive aponta que, após sofrer uma distração, o profissional demora em média 23 minutos para voltar a ter foco no trabalho.

O resultado, em ambos os casos, é apenas um: a queda da produtividade. Mas isso significa que o trabalho remoto não é a melhor opção?

Um estudo de caso

A resposta é tanto sim, quanto não. O trabalho remoto começou a se popularizar nas empresas de tecnologia justamente pela flexibilidade que esse tipo de modelo impõe. Freelancers, por exemplo, não precisam estar todo momento no escritório. Em vez disso, eles respondem à uma demanda fixa que facilmente pode suprida em home office.

Isso pode acabar mudando quando falamos de funcionários fixos ou envolvidos em projetos muito grandes. Nesses casos, a integração com seus colegas de trabalho é fundamental. Também é fundamental que o gestor faça o acompanhamento de progresso e coordene o fluxo de trabalho – coisa que não é fácil de se fazer remotamente, conforme mostra um estudo realizado pela especialista organizacional Catherine Durnell Cramton.

Essas são coisas que podem ser realizadas remotamente, mas exigem que uma cultura corporativa consolidada e mecanismos que possam ajudar os gestores. Em resumo: não é tão fácil assim.

O melhor dos dois mundos

Muitas vezes, esses problemas do trabalho remoto podem ser solucionados. Mas o caminho para isso não é tão fácil, exigindo uma cultura corporativa consolidada e gestores treinados. Um artigo, publicado no Harvard Business Review, dá uma série de dicas. Uma delas é estabelecer uma rotina de “check-ins”, onde o gestor pergunta para cada funcionário como está seu trabalho.

Mas o mundo não é tão binário, e existe outras opções para empresas que desejam baixos custos, flexibilidade e capacidade organizacional. Um exemplo disso são os coworkings.

Mais econômicos, eles permitem mesclar a política organizacional de um escritório tradicional com a flexibilidade de trabalhar em casa. Esse é um conceito que a Mango Tree acredita, e é por isso que nossa infraestrutura é oferecida de acordo com a demanda do cliente – e por preços competitivos.

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Alessandro Reis é administrador formado pela Unisantos. Possui vários cursos de especialização. Já treinou profissionais de grandes empresas e hoje é sócio fundador da Mango Tree, um coworking moderno e bem localizado em São Paulo.