Termômetro: a ferramenta do trabalhador
O secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos lançou, na terça-feira, 17, o Termômetro Nacional do Emprego. Desenvolvido em parceria com Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à Universidade de São Paulo (USP), o sistema é uma ferramenta de inovação tecnológica que calcula a chance de um trabalhador desempregado voltar ao mercado com a estimativa, ainda, de quanto pode ser o salário e o tempo que ele poderá permanecer no novo posto de trabalho.
“O Termômetro torna disponível de maneira funcional e acessível, a qualquer trabalhador, as informações produzidas pelos institutos de pesquisa que são, em geral, divulgadas num formato sem utilidade direta para o cidadão. Com isso, o sistema decodifica essas estatísticas para o cidadão ajudando-o na busca pela nova colocação no mercado de trabalho”, disse o secretário.
Para utilizar o sistema, o trabalhador deve acessar http://www.termometrodoemprego.sp.gov.br e informar nome, idade, sexo, cor-raça, escolaridade, estado civil, se tem filho com menos de seis anos de idade, total de moradores no domicílio, renda familiar, se é responsável pelo domicílio, se já trabalhou, há quanto tempo procura trabalho, quantas horas semanais está disposto a dedicar ao novo trabalho, e em qual das seis regiões metropolitanas que o trabalho abrange quer fazer a pesquisa (São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife, Rio de Janeiro e Belo Horizonte).
A possibilidade de arrumar uma colocação aparece na forma de um número, denominado Fator do Candidato ao Trabalho, que vai de 0 a 100.
Se o fator do usuário for 19, significa que de cada 100 pessoas com perfil parecido com o dele, e que também procuram por uma vaga, 19 têm sucesso na recolocação.
Nesse caso, o usuário teria 19% de chance de conseguir trabalho em até 30 dias. No mesmo sistema, o trabalhador pode acessar os sites como o Emprega São Paulo e Observatório do Emprego, nos quais pode encontrar ferramentas e informações para aprimorar seu currículo e educação formal.
Outros dois fatores são informados na pesquisa: se a procura durar 60 dias e se a procura durar 90 dias. “Como a recolocação depende da persistência do candidato, o fator cresce conforme aumenta a duração do período de procura. Assim, o interessado fica sabendo o quanto suas chances aumentam se for mais persistente”, observou o pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP), Hélio Zylberstajn.
Além do fator do candidato, o Termômetro também informa o Fator Médio Nacional, que mede a chance no mercado de trabalho do conjunto de todos os cidadãos desempregados das seis regiões metropolitanas analisadas.
Para a Região Metropolitana de São Paulo, o Fator atual mostra que pelo menos 70 mil pessoas encontram um emprego a cada mês, para uma massa de desempregados calculada em um milhão, ou 8,5% da força de trabalho paulista. “A produção de empregos, hoje, está longe de absorver o estoque de trabalhadores fora do mercado”, afirmou Zylberstajn.
O fator é atualizado a cada 30 dias pela última Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os últimos dados disponíveis são do último mês de setembro. A pesquisa é feita desde 2002.