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Saldo da balança comercial é recorde

Guarulhos, 27 de agosto de 2003

O saldo da balança comercial cresceu 85% na quarta semana do mês, ante a semana anterior, atingiu US$ 876 milhões, recorde do ano em cinco dias úteis, e aumentou o superávit acumulado em 2003 para US$ 14,369 bilhões, conforme informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A explicação do ministério para o crescimento de 38,3% nas exportações e de 13% nas importações foi a suposta normalização das atividades dos fiscais da Receita Federal. Esse é o melhor resultado para o mês, desde 1988, quando a balança teve um saldo positivo de US$ 2,084 bilhões.

Greve – No entanto, segundo informações do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), não houve retomada das atividades na semana passada e a greve continua. O ministério sustenta a informação e alega que só a normalização explica um aumento tão grande no fluxo de comércio exterior de uma semana para outra.

No mês, as exportações acumulam US$ 4,718 bilhões e as importações, US$ 2,803 bilhões, superávit de US$ 1,915 bilhão. No ano, as vendas externas totalizam US$ 43, 824 bilhões e as compras um total de US$ 29,455 bilhões, com saldo de US$ 14,369 bilhões.

As exportações avançaram de US$ 1,356 bilhão na terceira semana do mês para US$ 1,875 bilhão na semana passada (aumento de 38,3%). As importações cresceram de US$ 884 milhões para US$ 999 milhões (elevação de 13%).

Os mais exportados – As exportações tiveram aumento de vendas nas três categorias de semi-manufaturados. A ampliação foi de 66,9% em razão do crescimento dos embarques de açúcar em bruto, celulose semi-manufaturados de ferro e aço, óleo de soja em bruto e ferro-ligas.

As vendas externas de produtos básicos subiram 51,3%. As que mais cresceram foram as de soja em grão, farelo de soja, petróleo bruto, carnes de frango, bovina e suína e café em grão. No caso dos manufaturados, o aumento foi de 31,3%, puxado por óleos combustíveis, automóveis, suco de laranja, aparelhos transmissores e receptores, açúcar refinado, gasolina e laminados planos.

A média diária das exportações ficou em US$ 375 milhões, 45,1% superior à de US$ 258,5 milhões registrada até a terceira semana do mês. Com isso, a média até a quarta semana passou para US$ 294,9 milhões, 12,8% maior do que a média de igual período do ano passado (US$ 261,4 milhões).

O aumento de gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos elétricos e eletrônicos puxaram a alta de 21,8% das importações diárias da semana passada (US$ 199,8 milhões) ante as médias diárias das três primeiras semanas do mês (US$ 164 milhões).