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Risco Brasil é o pior desde o fim de 2001

Guarulhos, 10 de maio de 2002

A Fitch rebaixa rating de bancos. A expectativa com os resultados de novas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República tumultuou o mercado financeiro, ontem. A procura por “hedge” (proteção) cambial aumentou e o dólar comercial subiu 1,41%, para R$ 2,473, o maior preço desde novembro. Segundo profissionais do mercado, pelo menos duas companhias fizeram operações de proteção no valor total de US$ 460 milhões.

As projeções das taxas de juros fecharam em alta, principalmente os contratos com vencimento além de 2003. A Bovespa caiu 4,08%. Os “bradies” brasileiros cederam mais de 1% e o risco Brasil, medido pelo índice Embi+ do JP Morgan, teve alta de 5,37%, alcançando 949 pontos básicos, o nível mais elevado desde novembro de 2001.

Para complicar, a agência internacional de avaliação de risco de crédito Fitch Ratings rebaixou, ontem, o rating de suporte dos grandes bancos brasileiros. O rating de suporte indica a probabilidade de um banco ter apoio do governo ou do acionista principal em caso de dificuldade. Para a Fitch, passou de certo para provável, mas incerto o suporte ao Banco do Brasil, BNDES, Bradesco, Itaú e Unibanco.

Chrystiane Silva