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Recessão continua melhorando as contas externas

Guarulhos, 28 de outubro de 2015

A queda na atividade econômica, conjugada com forte alta do dólar continuam sendo as causas da redução do desequilíbrio das contas externas. Conforme o resultado das contas do balanço de pagamentos, divulgados pelo Banco Central, com dados contabilizados até setembro deste ano, o saldo negativo (déficit) das transações correntes (exportação menos importação de bens e serviços) recuou 33%, cerca de US$ 24 bilhões menor do que o saldo negativo registrado em 2014, no mesmo período.

A balança comercial (diferença entre exportações e importações de mercadorias) é a principal responsável por esse resultado. De um déficit de quase US$ 2 bilhões, passou a registrar saldos positivos (superávits) mensais consecutivos neste ano, que alcançaram a US$ 8,8 bilhões no acumulado dos primeiros oito meses, devido à queda acentuada das importações, afetadas pela depreciação do Real e pela recessão econômica.

Esses fatores também tiveram impacto positivo nas rubricas “lucros e dividendos”, cujas remessas para o exterior caíram US$ 7,6 bilhões, e “viagens internacionais”, com os turistas brasileiros gastando menos US$ 4,4 bilhões em relação ao ano passado. Ressalte-se, também, a conta de “transportes”, que contribuiu com um decréscimo de quase US$ 2 bilhões no ano.

Em síntese, o desempenho das contas externas vem sendo o único setor da economia que apresenta resultados favoráveis. O saldo das transações correntes, de US$ 103,6 bilhões no final do ano passado, diminuiu para US$ 79,3 bilhões no acumulado dos últimos doze meses terminados em setembro, representando 4,18% do PIB. Ainda é uma percentagem elevada, mas ainda não chega a preocupar, diante de US$ 370 bilhões em reservas cambiais que o País possui.