Projeções para a inflação e a recessão pioram
Semanalmente os economistas de instituições financeiras que participam do relatório de mercado Focus pioram as projeções para a economia brasileira. Nesta segunda-feira, 08/06, não foi diferente.
Além disso, prognósticos negativos foram divulgados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e entidades setoriais.
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou que espera queda de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todos os bens e serviços do país) neste ano. A entidade também diz que o IPCA deve encerrar 2015 entre 8,8% e 8,9%.
No relatório Focus, os economistas elevaram a projeção para a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ao fim de 2015 para 8,46% ante expectativa de 8,39% da semana anterior.
Os economistas elevaram a expectativa para a inflação pela oitava semana consecutiva. No acumulado de 12 meses até abril, o índice ficou em 8,17% e a divulgação para o resultado de maio ocorrerá na próxima quarta-feira (10/06).
Para maio e junho, as previsões foram mantidas em, respectivamente 0,55% e 0,40%, como na semana anterior. Há um mês estavam em 0,50% e 0,30%.
A projeção de 5,50% para o IPCA no fim de 2016 ficou inalterada pela terceira semana consecutiva.
O grupo dos economistas que mais acertam as previsões, o Top 5, também manteve a expectativa para a inflação inalterada, ou em 6%, pela quarta semana seguida. Para o fim deste ano, o grupo espera que o IPCA fique em 8,88%.
Parte da piora da expectativa está relacionada ao avanço dos preços administrados (controlados pelo governo), para os quais a projeção é de elevação de 13,94%. Há um mês, a expectativa era de 13,20%.
O próprio Banco Central espera que que esse conjunto de preços tenha maior peso sobre a inflação neste ano. A mais recente ata do Copom (Comitê de Política Monetária) mostra que a alta dos preços administrados em 2015 será de 11,8%, e não mais de 10,7% como no documento anterior. Uma edição atualizada da ata do Copom será apresentada na próxima quinta-feira (11/06).
Com a inflação pressionada, os analistas mantiveram a expectativa de que a taxa básica de juros (Selic) encerre este ano em 14%. Para o fim de 2016, a projeção permaneceu em 12% ao ano. Já o grupo Top 5 espera que a Selic encerre este ano em 13,75% e que chegue ao final de 2016 em 11,50%.
(Com informações do Diário do Comércio)