Petrobras pode reajustar preços
Caso os preços do petróleo continuem elevados – no atual patamar de US$ 30 a US$ 35 por barril, no segundo trimestre do ano – a Petrobras poderá ter que aumentar os preços dos combustíveis no país. A estimativa foi feita pelo presidente da estatal, José Eduardo Dutra, ao explicar que a empresa vai manter sua política de preços estáveis (o último aumento ocorreu há 15 meses).
Segundo ele, neste primeiro trimestre os preços estão elevados como ocorreu no mesmo período do ano passado, mas normalmente os preços tendem a cair no segundo trimestre.
– A expectativa é que no segundo trimestre é que o preço caia. Agora se o preço continuar nesse patamar num horizonte maior, aí vamos aumentar. Mas neste momento não estamos cogitando aumentar preços – ressaltou Dutra.
Essa mesma política de estabilidade nos preços dos combustíveis foi feita no ano passado, segundo Dutra, e os resultados da Petrobras foram excelentes, com lucro recorde.
– Se o preço ficar em torno de US$ 34, US$ 35, por um período maior, então vamos aumentar. Mas não temos datas nem prazos para isso – ressaltou Dutra.
O presidente da Petrobras esteve, junto com outros diretores da companhia, visitando as instalações da Nuclep em Itaguaí, no Rio, onde será construído o casco da plataforma P-51 que originalmente seria construído no exterior.
Apesar de não revelar o valor da obra, Dutra informou que a empresa aprovou a nova proposta do grupo Fels Setal/Techinp, vencedor da licitação para a construção e montagem do casco. A nova proposta considera a isenção do ICMS prometida pelo governo do Rio para que o casco fosse construído no país.
Com isso, o nível total de nacionalização da P-51 vai pular dos 50% anteriores para 70%, o maior índice já ocorrido na construção de uma plataforma de petróleo no país. O preço total da plataforma vai ficar entre US$ 750 milhões a US$ 800 milhões. As obras vão gerar quase cinco mil empregos diretos e outros 165 mil indiretos, além de permitir a reativação da Nuclep.
Ramona Ordoñez