O mercado da troca sem moeda
O mercado de permutas, bastante familiar aos empresários norte-americanos e europeus, ganha espaço no ambiente corporativo brasileiro. Executivos pioneiros no ramo, à frente de marcas como Tradaq, Permute e Prorede, estão otimistas com as perspectivas do negócio. No ano passado, as transações efetuadas pelos seus sistemas somaram R$ 54 milhões.
Neste ano, eles esperam crescimento no volume de permutas e nas adesões ao sistema. Atualmente, 1,3 mil empresas são associadas à Tradaq, a maior do setor; 1,050 mil à Permute e 150 à Prorede. Há quem participe dos três sistemas. O interesse é otimizar vendas diretas ao preço de mercado e fazer compras sem mexer no dinheiro do caixa. Os negócios entre vendedor e comprador são fechados por meio de contratos e emissão de notas fiscais. Os gestores das redes cobram taxas (de associação ou anuidade) e percentuais sobre as transações.
No Brasil, a empresa que adere a uma rede do gênero negocia produtos e serviços diversificados como hospedagem em hotéis e resorts, passagens aéreas, espaços na mídia (rádio, tv, jornal e revistas), serviços gráficos e de bufês, móveis, utensílios de decoração, bebidas e brindes.
A dinâmica de funcionamento das empresas é semelhante. A moeda real não entra na transação mas é a base de cálculo para converter os valores negociados – cada R$ 1 equivale a um crédito (ou débito) na “conta-corrente” do associado. Na Tradaq, o valor se transforma em Unidade de Intercâmbio Comercial (Unico); na Permute, em Unidade de Permuta (UP) e na Prorede, em Crédito (C$).