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O Empresário e sua macro responsabilidade

Guarulhos, 07 de maio de 2002

Empresas, negócios e pessoas estão hoje mais conectadas do que nunca entre si. Produtores, consumidores, funcionários, vizinhos são todos integrantes de um grande grupo que age e interage além dastradicionais fronteiras geográficas, econômicas e sociais.

Ao mesmo tempo que os negócios delineiam uma nova economia, a maioria de nós, os seis bilhões de habitantes do planeta Terra, vivênciamos o drama crescente de três desafios bem atuais, legados por gerações passadas com visões de mundo que privilegiaram o individualismo e o consumismo:

– O desafio social, que afeta nossos vizinhos de planeta, de cidade de bairro e de rua, com desemprego, doenças, desnutrição e deseducação.

– O desafioambiental, que nos afeta indiscriminadamente: é a falta de água, de ar e de solos limpos para que possamos dar continuidade à nossa sobrevivência como espécie.

– O desafio relacional, são os vínculos se deterioramcada vez mais entre nós humanos eentre nós e as outras formas de vida. Os sintomas mais comuns são a falta de valorização do outro (principalmente do outro que é diferente) e a falta de sentido num estilo de vida que discrimina os menos favorecidos conduzindo à violência e a um círculo vicioso complexo e de difícil solução.

É clara portanto a necessidade de, como agentes econômicos e sociais, as empresas preocuparem-se com estes 3 pontos descritos por Mckray em muitos artigos, e que acima elencamos e com os quais concordamos.

É impossível podermos imaginar uma empresa, como entidade econômica, prosperar sem tentar auxiliar na solução dos problemas sociais, ambientais e relacionais do núcleo onde interage.

E aí vem a infalível pergunta:

Comofazer isto?

Empresas podem participar de projetos de cidadania com capital financeiro ou humano. Porém, o mais interessante é notar que, ao optar por um comprometimento social, a empresa descobre que não há receitas prontas para por em prática sua Visão de Negócios e Sociedade Sustentável.

Uma vez dado o passo inicial, o processo torna-se participativo porque surgem, na empresa ou fora dela, de fornecedores a clientes, novos interlocutores que também desejam participar do processo.

Dessa união de cabeças e corações nascem sinergias que nos levam a perceber o sentido de co-responsabilidade e seu poder transformador.

No Brasil, um número crescente de empresas está aprendendo a fazer negócios rentáveis exercendo a Responsabilidade Social e a Ética da Solidariedade.

Estou convicto que indivíduos, empresas e comunidades lucram com essas iniciativas.

Se você que me lê dirige uma empresa, independentemente do tamanho, da quantidade de funcionarios, ou da sua convicção, una-se a esta corrente. Procure um projeto e participe.

Quanto mais indivíduos e empresas se engajarem, mais firmes serão os laços que nos unem como humanos e melhor será o mundo que deixaremos para nossos descendentes.

Daniele Pestelli – Presidente da Fitas Metalicas Ind. Com. SA.

Diretor do CIESP/Guarulhos – Tesoureiro da OSC Viva Guarulhos.

e-mail – daniele@fitas.ind.br