Microempresário lança em feira um software para evitar seqüestros
Um programa de computador que previne seqüestros relâmpagos está sendo apresentado na Fenasoft com o patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae). O produto consiste em um dispositivo a ser adicionado aos caixas eletrônicos, permitindo acionar um alarme em uma central de segurança quando o usuário digita uma senha específica. Segundo o advogado Diógenes Barros, criador do programa, esse código de acesso possibilita realizar transações bancárias, como uma senha normal, impedindo que o ladrão suspeite.
Quando o alarme é acionado, a polícia recebe imediatamente na tela do seu computador a ficha do abordado, com todos os seus dados cadastrais.
De acordo com Diógenes, esse mesmo programa pode ser aplicado também para prevenir clonagem de cartão magnético, transferência de dinheiro via internet e demais transações que envolvam senha de segurança.
O projeto já foi apresentado para o então Ministro da Justiça, Aluízio Ferreira, que realizou uma reunião com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e indicou esse programa para ser instalado nos bancos como forma de evitar seqüestros.
Idéia
Segundo Diógenes, a idéia do projeto surgiu após o advogado ter sido assaltado sete vezes. “Não consegui me conformar com essa situação e resolvi criar um sistema que contribuísse para a segurança. Ele já foi patenteado no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e agora estamos buscando financiadores”, diz .
De acordo com ele, o programa foi desenvolvido, em 1999, durante três meses, por sua filha Lígia Marcondes de Barros e pelo analista de sistemas Paulo Fernandes de Oliveira. “Apenas o Sebrae acreditou no nosso projeto e nos ofereceu esse espaço para expormos aqui na Fenasoft”, afirma Oliveira.
Infra-estrutura
“Esse é apenas um protótipo. Acredito que seja um produto essencial para os bancos, já que eles priorizam a segurança”, acrescentou o analista.
Segundo Oliveira, as instituições financeiras já detêm 80% da infra-estrutura necessária para instalar o software. “É necessário apenas maior cooperação entre os bancos e a polícia, para que ela implante o sistema, afirma.