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Mais de 100 categorias contra a MP 232

Guarulhos, 10 de fevereiro de 2005

A mobilização do setor privado contra a Medida Provisória 232 cresce a cada dia e já reúne mais de 100 categorias de prestadores de serviço. Além dos contadores, médicos e advogados que deram início ao movimento, engenheiros, arquitetos, mecânicos, corretores de imóveis, empresas de telemarketing, cabeleireiros e entidades culturais irão engrossar o coro da manifestação prevista para terça-feira, 15, às 10h30, no Clube Esperia, zona norte de São Paulo.
No evento, além da divulgação de um manifesto contra a MP, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e outras entidades lançarão uma cartilha sobre o impacto econômico das novas medidas. As cartilhas serão distribuídas em Brasília para deputados e senadores, que reiniciam os trabalhos na próxima semana.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse que espera até sexta-feira um telefonema da Presidência da República para que seja marcada reunião entre ele, o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, com o objetivo de discutir mudanças na MP 232. Segundo Skaf, a idéia do encontro partiu do próprio Lula durante reunião entre eles na sexta-feira, em Brasília, para tratar do tema. “O presidente e o ministro (da Fazenda) são ocupadíssimos e não convocariam uma reunião se não tivessem a intenção da modificação (da MP)”, comentou Skaf.

Opinião compartilhada pelo presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da ACSP, Guilherme Afif Domingos. Para ele, a disposição do Planalto em discutir a MP 232 mostra a sua percepção de que o estrago foi grande. “O governo agora está tentando encontrar uma forma de contornar a situação”, disse.