Juros cairão com mudança no FGC
Uma das medidas em estudo pelo governo para reduzir os custos dos bancos que acabam influenciando a taxa cobrada nas operações de crédito prevê a redução da contribuição das instituições financeiras para o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que serve para ressarcir o prejuízo de clientes no caso de quebra de um banco. Criado em dezembro de 1995, após os estragos causados no sistema financeiro pelo escândalo do Banco Nacional, o FGC garante que, no caso de intervenção ou liquidação da instituição, os correntistas e quem tem aplicações em poupança, letras hipotecárias, de câmbio e imobiliária ou outros depósitos a prazo com ou sem emissão de um certificado possam sacar até R$ 20 mil.
O Fundo é formado a partir da contribuição dos bancos equivalente a 0,30% ao ano sobre o volume de recursos captados pelas instituições nessas operações. No ano passado, a média mensal de arrecadação do FGC foi de R$ 81,3 milhões, quase 20% a mais do que os R$ 68,7 milhões registrados no ano anterior. Os bancos alegam que com a limpeza que foi feita no sistema financeiro nos últimos anos, os avanços regulatórios por parte do Banco Central, a capitalização das instituições e um cenário de redução de taxa de juros não há mais necessidade de manter a contribuição no mesmo nível.
O Fundo tem R$ 4 bilhões em caixa que, segundo o diretor-executivo da instituição, Antônio Carlos Bueno, dificilmente precisarão ser utilizados para ressarcir clientes. “No cenário que vivemos, não há nenhuma perspectiva de usar esse dinheiro para cobrir saques devido a problemas em instituições”, disse.