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Investimento em CDBs

Guarulhos, 19 de agosto de 2002

arteAs fortes oscilações do mercado levaram muitos investidores a fugirem dos fundos de investimento e ” estimulados pelos próprios bancos ” aplicarem em CDBs. Os Certificados de Depósitos Bancários passaram a ser apresentados como uma opção segura e sujeita a menos oscilações que a renda fixa e os fundos DI. Mas o fato é que, à exceção de investidores mais experientes, a maioria dos pequenos poupadores não sabe exatamente como funcionam os CDBs.

O CDB é um título do banco, emitido em nome do investidor, que deposita uma determina quantia em troca de um rendimento previsto em contrato. No vencimento do contrato, o cliente tem a opção de sacar a quantia corrigida ou de reaplicar o dinheiro.

A rentabilidade do CDB é superior à da caderneta de poupança, mas varia de acordo com o prazo da aplicação. Quanto maior o prazo, maior o rendimento. Nas instituições mais agressivas, o rendimento pode variar de 16% ao ano (30 dias) a 23% ao ano (360 dias). O CDB paga 20% de Imposto de Renda sobre o rendimento nominal, mas a tributação só incide no resgate.

Na hora de escolher onde aplicar, um dos primeiros passos é observar o rendimento oferecido pelo banco em troca do CDB. Geralmente, quanto maior o risco de crédito do banco, maior será o rendimento que ele vai oferecer. Pode-se até ganhar mais, mas é bom lembrar que aí o investidor está jogando fora justamente a tal segurança que era vendida como um atrativo para a aplicação em CDB.

O consultor financeiro Mauro Halfeld observa que o CDB não é absolutamente seguro como querem fazer crer as equipes de vendas dos bancos. Além do risco de crédito de cada instituição, a aplicação já provou não ser imune a eventuais choques heterodoxos na economia.