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Infraestrutura e terceirização podem colocar o emprego nos trilhos

Guarulhos, 18 de junho de 2015

De modo geral, o pacote de infraestrutura do governo é uma das esperanças para retomar o crescimento e o nível de emprego – inclusive entre as pequenas empresas.

Para o economista Evaldo Alves, professor da Fundação Getúlio Vargas, a melhora do cenário está condicionada a esses investimentos, mas vale lembrar que eles dependem de projetos, licitações e aprovações que podem surtir verdadeiro efeito somente em 2017. E mesmo crescendo menos, o consumo não deve parar.

“As micro e pequenas empresas sempre crescem a reboque não somente do consumidor final, mas também das empresas maiores”, diz o professor. “Vivem de fornecer pequenas peças ou pequenos serviços para as médias e grandes, e o varejo se ocupa de distribuir esses produtos no mercado. Então, há uma perspectiva de retomada no médio prazo”, afirma.

Há até previsões de onde as contratações iriam recomeçar. O Índice Nacional de Confiança do Consumidor, da Associação Comercial de São Paulo (parceira da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos), revelou que, pela primeira vez, as classes D e E da região Nordeste se mostraram as mais confiantes na economia.

Para Flávio Borges, executivo do SPC Brasil, pelo menos no médio prazo a intenção de contratar deve aumentar no interior e nessa região do Brasil. Segundo ele, isso reflete uma tendência de anos, já que o PIB dos Estados do Nordeste tem crescido mais proporcionalmente – por conta também do apoio de programas sociais.

“É uma dinâmica nova de um mercado em expansão, onde há uma marcha de consumidores que agora são incluídos e possuem contas bancárias. Isso dá margem para expandir não só as grandes, mas também as pequenas empresas de comércio e serviços”, aponta.

(De Karina Lignelli, do Diário do Comércio)