Informatização nas pequenas empresas ainda é baixa
A automação comercial já é uma realidade nas grandes empresas. Com os recursos oferecidos é possível ter amplo controle de estoque, vendas, giro de mercadorias, entre outras funções mais elaboradas, como o perfil dos clientes. Agora, pequenos e médios empresários começam a descobrir os benefícios de informatizar seus estabelecimentos.
“As novas empresas já vêem essas vantagens. Mesmo assim, muitas pequenas ainda relutam em investir na automação”, afirma o diretor do Conselho Fiscal da Associação dos Fabricantes e Revendedores de Equipamentos para Automação Comercial (Afrac), Santos Villadangos Júnior.
Para o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento de Eventos em Tecnologia da Informação (Ideti), Wilson Lazzarini, o setor ainda tem muito o que crescer em relação às pequenas empresas. “Dos US$ 15 bilhões que o mercado de tecnologia da informação movimenta por ano no Brasil, apenas 10% correspondem ao comércio”, afirma.
“Mas acreditamos em um crescimento de 10% em 2002. Já que cada vez há mais variedade de produtos e preços mais baixos”, diz Lazzarini. “Ainda falta muito negócio para ser informatizado. É um mercado que sempre vai crescer, já que sempre abrem lojas novas”, afirma o diretor comercial da Eagle Hardware e Software, Gerson Luiz Xisto.
Investimento – Segundo Lazzarini, com R$ 2 mil é possível implantar o sistema em um pequeno negócio. Como exemplo, ele cita que um software para uma pizzaria delivery custa R$ 500 e o gasto com computador é de R$ 1,5 mil.
A competitividade é um fator importante, segundo Lazzarini. “A pequena farmácia, por exemplo, concorre diretamente com uma de grande rede no mesmo bairro. Então não pode ficar em desvantagem.”
O diretor de Assuntos Estratégicos da empresa de automação comercial Bematech, Wolney Betiol, concorda com o presidente do Ideti. “A automação ainda está engatinhando no Brasil, mas a tendência é de que os pequenos acompanhem as novidades para serem competitivos”, afirma.
GABRIELA GEMIGNANI