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Inadimplência entre empresas caiu para 3,9% em janeiro

Guarulhos, 26 de fevereiro de 2004

Ao contrário do que aconteceu com os consumidores, as empresas estão atrasando menos o pagamento dos seus empréstimos. Pelo menos é o que constatou o último relatório mensal do Banco Central publicado na sexta-feira, dia 20 de fevereiro, que apontou uma queda na inadimplência de janeiro tanto com relação a dezembro, como em uma base anual frente a janeiro de 2003.

Esta foi a quarta queda consecutiva da inadimplência nos empréstimos para empresas, que teria atingido seu nível mais alto nos últimos 12 meses em julho do ano passado, quando estava em 5,0%.

Depois de atingir 4,9% em setembro, a inadimplência nos empréstimos para empresas caiu para 3,9% no primeiro mês deste ano. Também houve recuo na comparação anual, uma vez que em janeiro do ano passado a inadimplência estava em 4,0% do total de empréstimos concedidos. A inadimplência de janeiro também ficou abaixo da taxa média registrada no ano passado, que foi 4,6%.

Em termos totais, cerca de 2,2% das operações de crédito para pessoa jurídica estão com atraso superior a 90 dias, percentual que ficou estável em relação a dezembro do ano passado. Por outro lado, as operações em atraso de 15 a 90 dias, representam cerca de 1,7% do total de empréstimos a pessoa jurídica, ligeiramente abaixo dos 1,9% apurados no mesmo período do ano passado.

Por sua vez, entre as empresas a inadimplência é maior nas operações de hot money, onde 25,4% das operações estão com atraso, sendo que 7,5% das operações estão com atraso de mais de 90 dias, enquanto 17,9% das operações estão com atraso de 15 a 90 dias. Na comparação mensal, houve uma ligeira queda, já que em dezembro 26,5% destas operações estavam em atraso.

Contudo, quando consideramos a comparação anual, podemos constatar uma expressiva elevação, visto que em janeiro do ano passado a inadimplência das operações de hot money era de 11,1%. Desde então foi registrada uma expansão da taxa de inadimplência desta carteira.

Dentre as demais operações de financiamento de curto prazo, não houve uma tendência única na comparação anual, com algumas taxas subindo e outras caindo. No caso das operações de capital de giro, houve uma ligeira queda da inadimplência na comparação anual, com a taxa passando de 5,8% para 5,7% em janeiro.

Enquanto isso, nas operações de desconto de promissória, a tendência foi contrária, com a inadimplência passando de 3,5% em janeiro do ano passado para 6,0% no mesmo mês deste ano. Por outro lado, a inadimplência das operações de desconto de duplicata caiu de 5,5% para 4,9% na comparação entre janeiro deste ano e janeiro de 2003.

Os menores índices de inadimplência entre empresas foram registrados nas operações de repasse externo e adiantamento de contrato de câmbio, onde apenas 1,4% e 1,9% das operações apresentavam algum tipo de atraso.

Fernanda de Lima