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Guarulhos ocupa a 58ª posição em ranking de tratamento de esgoto

Guarulhos, 21 de julho de 2010

Com acesso a rede de esgoto superior à média nacional e sem tratamento para os dejetos coletados, Guarulhos foi classificado como um dos municípios paulistas em pior posição no ranking feito pelo Instituto Trata Brasil. No levantamento, que faz parte da pesquisa Benefícios da Expansão do Saneamento no Brasil, a cidade está, pelo segundo ano consecutivo, em 58º lugar entre os 81 municípios com mais de 300 mil habitantes listados.

Somente a partir de 2008, com quase 450 anos de história e 130 de emancipação política e administrativa, a cidade passou a realizar as obras necessárias na rede de esgoto para o tratamento. Este, no entanto, ainda não foi iniciado.

Segundo a assessoria de imprensa do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos, entre janeiro de 2008 e maio deste ano foram feitos 150,08 quilômetros de redes coletoras e, em 2009, foram iniciadas as obras de duas Estações de tratamento de Esgoto (ETEs), uma em Jardim São João e outra em Bonsucesso. Ainda de acordo com a assessoria de comunicação do Saae, a previsão é que as obras das duas ETEs sejam concluídas em agosto, começando a funcionar em sistema pré-teste somente em setembro.

Para as obras, além de recursos próprios, Guarulhos conta com financiamento do Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para investir no sistema de esgotamento sanitário, com foco no tratamento de esgoto, sendo que, até então, a verba é de R$ 318 milhões.

Ainda devem ser construídas três ETEs, sendo elas em Várzea do Palácio, Cabuçu e Fortaleza. A previsão do Saae é que as obras sejam terminadas até 2012. A assessoria de imprensa informou que a Pasta aguarda a liberação de R$ 138 milhões para complementar as obras do Programa de Tratamento de Esgoto de Guarulhos. Os cinco sistemas próprios darão atendimento às regiões Cabuçu, Fortaleza, Várzea do Palácio, São João e Bonsucesso. Já a ETE São Miguel, do Sistema Metropolitano, dará atendimento às regiões Pimentas e Cumbica.

O período dos investimentos na cidade para o tratamento de esgoto pode ser relacionado com a conclusão do estudo do Trata Brasil, que menciona que embora tenha ocorrido aumento dos investimentos neste sentido nos últimos anos, o déficit ainda é bastante elevado e a distância para universalização dos serviços expressiva.