Frota de veículos em Guarulhos cresce 90,9% em oito anos
A frota de veículos de Guarulhos saltou 90,9% entre 2001 e dezembro de 2009, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), incluindo automóveis, motocicletas, caminhões e demais meios de transporte. O número total na cidade subiu de 211.974 para 404.651, alcançando o posto de quarta maior frota do Estado de São Paulo, duas posições acima do que ocupava nove anos atrás.
É possível constatar que em todos os tipos de veículos utilizados em Guarulhos houve um considerável crescimento. O índice de automóveis subiu 77,9%, de cerca de 155 mil para 277 mil. Nos caminhões o crescimento foi de aproximadamente 65%, avançando de mais de 10 mil para quase 17 mil. Na conta dos ônibus e microônibus há alta de 51%, subindo de 4 mil para 6,1 mil.
Entre todos os tipos de transportes divulgados pelo Denatran, a principal ascensão em Guarulhos foi no número de motocicletas, que teve avanço de 362%, saindo de quase 12,8 mil em 2001 para mais de 50 mil em dezembro do ano passado. Na sexta-feira, o Guarulhos Hoje revelou que as mortes de motociclistas no trânsito do município cresceram 19 vezes entre 1996 e 2008. Enquanto no primeiro ano citado houve apenas dois acidentes fatais, no último foram 40 ocorrências.
Apesar de Guarulhos possuir o segundo Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de São Paulo, ainda está longe de possuir a segunda maior frota de veículos. A cidade perde para São Paulo (6.140.189), Campinas (647.290) e São Bernardo do Campo (419.359). Guarulhos possui uma media de um veículo para cada 3,2 habitantes, inferior também as três cidades citadas: São Paulo (1,7), Campinas (1,6) e São Bernardo do Campo (1,9).
De acordo com a economista e diretora adjunta do curso de Ciências Contábeis da Universidade Guarulhos, Nilza dos Santos Siqueira, o aumento da frota está relacionada com a estabilidade econômica vivida pelo Brasil desde a implantação do Plano Real. “Uma moeda mais forte possibilita o avanço do poder aquisitivo de forma geral. A indústria automobilística é forte no Brasil e a tendência é que isso se mantenha nos próximos anos.”