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Formação de redes é saída para empresas

Guarulhos, 25 de novembro de 2002

A formação de redes de pequenos negócios é uma das alternativas para reduzir as desigualdades sociais e aumentar o crescimento econômico, principalmente nos municípios de pequeno porte. A afirmação é do especialista em redes e cadeias produtivas, o economista italiano Paolo Gurisatti, que proferiu palestra durante a Expo Brasil, em Brasília.

Segundo Gurisatti, a reunião de pessoas ou de pequenos empresários com objetivos comuns é primordial para o desenvolvimento do indivíduo e do setor no qual eles atuam. Especificamente sobre empreendedores que atuam em regiões mais pobres do Brasil, o economista acredita que a formação de redes nesses locais é uma forma até de fugir da miséria, realidade vivida principalmente no Nordeste e no Norte brasileiros. “O Brasil é um palco favorável à implantação dessas redes. O que falta é a formação dessas pessoas, ou seja, de um capital social e humano mais preparado”, disse.

Gurisatti, que é professor das universidades de Padova e Veneza, informou que na região de Veneto, na Itália, as desigualdades vivenciadas pela população daquela localidade há pouco mais de 50 anos foram aos poucos sendo eliminadas com o investimento na formação das pessoas. “Isso gera possibilidades de maior competitividade no futuro”, acredita.