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Final de ano é uma boa hora para limpar o nome

Guarulhos, 02 de dezembro de 2009

Uma boa notícia para quem está com algum carnê de loja atrasado e quer voltar a comprar parcelado no Natal. Grandes redes do varejo e também financeiras lançaram a tradicional campanha de recuperação de crédito, em que é possível ter o perdão de até 100% sobre multas e juros, além de novo parcelamento do saldo devedor.

Para o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Emílio Alfieri, a notícia é positiva, principalmente para quem ainda não havia decidido o que fazer com o 13º salário. “Muita gente aproveita a primeira parcela para quitar dívidas. Pesquisas apontam que 1/3 do benefício total é voltado para cobrir contas em atraso”, afirma.

Segundo dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial, nas férias de julho, quando muitas pessoas sacam a primeira parcela do 13º, o volume de cancelamentos de carnês em atraso cresceu 12,2% em relação a igual período do ano passado. “O alto índice só pode ser explicado por esse movimento de recebimento da primeira parte do 13º junto com as férias e o uso do dinheiro extra para quitar débitos”, afirma Alfieri.

Estímulos – Essa tendência, segundo o economista, deve continuar agora no início de dezembro. “O momento é mais do que favorável já que, juntamente com a injeção do 13º, vêm as campanhas de recuperação de crédito feitas pelas empresas.”

Na rede Riachuelo, por exemplo, os clientes com atrasos acima de 90 dias já estão sendo contatados pela central de atendimento da empresa para renegociar seus débitos com até 80% de desconto sobre o valor de multas e juros.

O diretor de Crédito e Risco da rede, José Antonio Rodrigues, afirma que a meta não é apenas receber os pagamentos em atraso, mas também habilitar esse cliente, hoje inadimplente, para as compras de Natal. “Todos os anos promovemos uma campanha para ajudar esses clientes a se reabilitarem e voltar à loja neste período. Só que, desta vez, a campanha oferece descontos maiores, tendo em vista a crise financeira do ano passado, que levou muita gente à inadimplência”, diz.