Faturamento real das micros e pequenas caiu 1,6%
O faturamento real das micros e pequenas empresas (MPEs) do comércio paulista caiu 1,6% entre outubro e novembro de 2003. Na comparação de novembro do ano passado com novembro de 2002, a perda real chega a 16% do faturamento, considerando como agente de deflação o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Segundo o consultor de economia do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), Pedro João Gonçalves, os principais fatores que explicam esse fraco desempenho são a perda de poder aquisitivo do trabalhador brasileiro, em função da inflação e a manutenção de taxas de juros elevadas por um longo período.
Gonçalves afirma que a queda na renda real do trabalhador levou à contenção do consumo e as taxas de juros elevadas dificultaram os investimentos e afetaram o nível de atividade da economia. No entanto, apesar dos índices negativos das micros e pequenas empresas durante todo o ano passado, os empresários estão confiantes de que 2004 será melhor. Pesquisa realizada pelo Sebrae-SP mostra que 63% dos empresários das pequenas empresas do comércio esperam um aumento no seu faturamento, enquanto 29% esperam que o faturamento permaneça no mesmo nível de 2004.