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Exportação paulista à China já supera US$ 500 milhões

Guarulhos, 22 de setembro de 2003

As exportações paulistas para a China alcançaram US$ 528,2 milhões até agosto, impulsionadas principalmente pelas vendas de autopeças para veículos e tratores e produtos semimanufaturados de ferro e aço.

O resultado é 204% superior a igual período de 2002 quando o Estado totalizou US$ 173,7 milhões em vendas para o mercado chinês.

O volume também foi superior às exportações até agosto de 2001, em 94,6%, ” os paulistas exportaram US$ 271,3 milhões naquele período. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

?Boom? da construção

As exportações paulistas de semimanufaturados de ferro e aço para a China alcançaram US$ 70,5 milhões até agosto deste ano. No ano passado, em igual período, as vendas do item totalizavam US$ 9,2 milhões.

“A economia chinesa cresce entre 7% e 8% ao ano. A construção é item poderoso nesse cenário, há um ?boom? do setor naquele país”, disse Michel Alabi, presidente da Associação de Empresas Brasileiras para Integração de Mercados (Adebim).

Há mais dois fatores que colaboraram para o salto das exportações do produto: alta de demanda e preços do mercado internacional e o crescimento da economia e exportações dos chineses.

“Os semimanufaturados de ferro e aço são matéria-prima básica da maior parte dos produtos da pauta de exportações daquele país. A China exporta, em maior parte, manufaturados”, disse José Augusto de Castro, diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

O salto das autopeças

As vendas de peças de automóveis e tratores chegaram aos US$ 79,9 milhões até agosto. Em 2002, as exportações do item nos oito primeiros meses alcançaram o equivalente a US$ 13,1 milhões.

O diretor da AEB alerta que, por enquanto, a indústria automotiva na China ainda não tem grande capacidade instalada. Portanto, é potencial importadora. No entanto, daqui a alguns anos, com o desenvolvimento da economia daquele país, deve tornar-se grande produtora, podendo fornecer para o Brasil.

Érica Polo