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Exportação de executivos made in Brazil

Guarulhos, 29 de abril de 2002

arteHistórias bem-sucedidas de brasileiros em postos-chave no exterior, a perspectiva de remuneração mais gorda que o mercado norte-americano e europeu oferecem em relação ao Brasil e o interesse de várias companhias em levar dirigentes brasileiros para gerir os negócios estratégicos da América Latina são os motivos que têm favorecido a exportação de executivos.

A ida de profissionais do alto escalão para outros países, em especial aos EUA, que estava inibida desde o atentado de 11 de setembro de 2001, volta a ficar aquecida. O inglês Paul Levison, vice-presidente sênior da Korn Ferry no Brasil, empresa de recrutamento, conta que duas gigantes multinacionais norte-americanas – uma do ramo farmacêutico e outra do setor de bens de consumo – lhe incumbiram a tarefa de selecionar dirigentes no Brasil. Não são as únicas em busca de experts. O Citibank acaba de incluir dois profissionais no seu programa de exportação de talentos, um para a Costa Rica e o outro para a Tanzânia.

“Nos últimos dez anos, a American Express mandou 50 executivos ao exterior”, conta o vice-presidente de Recursos Humanos e Administração, Salvador Evangelista Jr.. Foram cinco só no ano passado. A Procter & Gamble e a Unilever também já enviaram diversos de seus executivos para fora do País.

O executivo brasileiro é visto como bem preparado do ponto de vista administrativo por ter lidado por anos com uma economia instável e também por ter a habilidade dos latinos do bom relacionamento interpessoal.