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Estado tem de reduzir tamanho e diminuir juros e impostos

Guarulhos, 31 de outubro de 2003

Encontro discute os problemas do Brasil. Mas também aponta as soluções

O Estado precisa deixar de atrapalhar o desenvolvimento da Nação. Como? Reduzindo seu tamanho, eliminando entraves burocráticos, juros altos e carga tributária abusiva, sem contrapartida em serviços aos cidadãos, como ocorre hoje. O problema do Brasil e a sua solução foram apresentados pelo presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, durante a abertura solene do 4º Congresso da Facesp e 32º Seminário dos SCPCs, em Marília, na noite de quarta-feira, 29.

O mote lançado por Afif contagiou as lideranças empresariais formadas pela imensa rede das 406 associações comerciais do Estado. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (ACIM), Sérgio Lopes Sobrinho, engrossou o bloco dos mais de mil participantes dos eventos: “A força e a credibilidade da nossa rede deve mostrar que o micro e pequeno empreendedor é quem cria empregos e riquezas no País”.

O prefeito de Marília, José Abelardo Guimarães Camarinha (PMDB), elogiou a posição assumida por Afif à frente da Facesp: “O Estado, que deveria ser um instrumento de fomento ao desenvolvimento, mais tem atrapalhado do que ajudado o Brasil”. Ele criticou “essa política econômica selvagem” que elevou juros e congelou as verbas de investimento da União. “Enquanto as grandes empresas têm ajuda governamental, as micro e pequenas dificilmente encontram qualquer auxílio”, enfatizou.

Sobrevivência

Artur Uchoa, superintenente do Sebrae-Marília, prosseguiu: “Nada mais adequado do que ações associativas para garantir a força e sobrevivência das micro e pequenas empresas”. Pois a força de uma rede como a Facesp, acrescentou Itamar Mortagua, diretor da NossaCaixa, representa um fonte de apoio aos anseios dos pequenos empreendedores.

Valmir Madázio, vice-presidente coordenador das sedes distritais da ACSP lembrou as ações do presidente Afif na defesa do micro empreendedor, desde a criação do Estatuto da Micro Empresa, até o Simples. “O importante é que a Facesp, assim como as 15 distritais da ACSP saibam interpretar e agir no sentido de garantir melhores condições para o desenvolvimento do empreendedorismo no País”, disse Madázio.

Durante a abertura dos dois eventos, o presidente da Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado do Tocantins, Pedro José Ferreira, disse que a luta de Afif para estimular o empreendedorismo no Brasil “deve ser a luta de todos os que querem o desenvolvimento do País”. Ele garantiu que as associações do Tocantins têm seguido essa fórmula ao buscar dar condições de trabalho, reivindicando menos burocracia, juros e impostos, para as micro e pequenas empresas locais.

Guilherme Afif enfatizou que apenas otimismo não adianta para o empreendedor. “É preciso que haja esse entusiasmo que faz acontecer, que faz dar certo, e que vejo estampado no rosto do nosso Sérgio Sobrinho”, disse. Ele ainda destacou a importância do trabalho feito nos municípios pelas associações locais.

Sergio Leopoldo Rodrigues, de Marília