Entidades entregam abaixo-assinado contra CPMF
O abaixo-assinado popular com mais de 1,2 milhão de assinaturas pedindo o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) foi entregue em Brasília, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, pelas entidades que não aceitam a prorrogação do imposto do cheque por mais quatro anos, como deseja a União
A informação foi dada pelo presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), José Maria Chapina Alcazar, durante a reunião plenária da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que reafirmou sua participação no movimento.
“É uma questão de princípio”, disse Alencar Burti, presidente da ACSP, ao receber apoio irrestrito da sua diretoria plena. “Pois se trata de exigirmos o cumprimento de um contrato que foi acertado para a vigência provisória do imposto”, enfatizou.
Para Burti, nada justifica que a sociedade tenha que ficar passiva “diante do descumprimento de um contrato de honra”. Ele pediu uma constante mobilização das entidades e da sociedade sobre o Congresso Nacional. “Que eles (deputados e senadores) sintam que há um verdadeiro olho exercendo cobrança e pressão sobre eles”, avisou.
Chapina Alcazar adiantou que será inaugurado um painel eletrônico que vai monitorar a votação do Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 50, que pede a prorrogação do imposto por mais quatro anos. “Ali saberemos identificar quem votou contra ou a favor”, explicou. Ele informou que será lançada oficialmente a Calculadora da CPMF.
Apoio irrestrito – Durante a plenária, o presidente Alencar Burti recebeu apoio irrestrito de sua diretoria para continuar lutando contra a CPMF. “A posição desta Casa deve ser intransigente”, afirmou o conselheiro Francisco Giannoccaro. “A CPMF já cumpriu seu papel, agora tem que acabar”, acrescentou Luiz Assumpção, também conselheiro. Para os diretores Álvaro Mortari e Valdir Abdallah “o importante é marcar que somos todos, por princípio, contra a CPMF”.
