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Dólar fecha mês em alta de 6,78%

Guarulhos, 01 de agosto de 2001

A crise argentina empurrou o dólar de R$ 2,31 para R$ 2,47 em julho. A moeda norte-americana encerrou hoje o mês com valorização de 6,78%. Apenas hoje, o dólar disparou 2,15% e encerrou cotado a R$ 2,466 para compra e a R$ 2,470 para venda.

O motivo da disparada do dólar não foi outro senão a disputa entre aqueles que apostaram na forte alta da moeda norte-americana e aqueles que previam uma alta moderada em julho. Hoje foi o último dia para brigar pela Ptax, referência para a liquidação dos contratos de julho, na BM&F.

Quanto à Argentina, para os investidores, a euforia com a aprovação do pacote do Senado durou pouco. Nesta terça-feira, o mercado de câmbio avaliou melhor a crise no país vizinho e refez suas posições, novamente “compradas”.

A Bovespa teve perdas de 5,5% em julho, também por conta a instabilidade na Argentina e a alta dos juros no Brasil. Hoje, a Bolsa teve alta de 0,37%. Um dos destaques foi a alta de 1,77% das ações preferenciais (sem direito a voto) do Itaú, que divulgou lucro de R$ 1,45 bilhão no primeiro semestre.

Guerra de final de mês

A guerra pela Ptax -média diária das cotações do dólar medida pelo Banco Central- pressionou o dólar comercial pois a maioria dos investidores está “comprado” em dólar, ou seja, acreditando que a moeda termine o mês com valorização para não amargar prejuízo.

No último dia de negociação dos contratos futuros de câmbio e juros na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o dólar de agosto fechou em alta de 0,68%, cotado em R$ 2,431.

Para o próximo mês, o contrato de dólar de setembro indica patamar de R$ 2,47. E, para outubro, o patamar do dólar é de R$ 2,52, segundo as projeções dos contratos no mercado futuro.

Com a valorização do dólar, os juros dos papéis prefixados do Tesouro Nacional também foram negociados em alta na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. As LTNs (Letras do Tesouro Nacional), títulos prefixados, projetavam taxas no patamar de 23% ao ano. Decisão acertada teve o Tesouro, que não ofertou LTN pela quarta semana consecutiva em seu tradicional leilão de títulos públicos às terças-feiras.

Nesta terça, a cotação de venda da moeda oscilou entre baixa de 0,12% (R$ 2,415, na mínima) e alta de 2,31% (R$ 2,474, na máxima).