Consumidor brasileiro continua otimista
O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP/Ipsos) de outubro passado ficou estável em 140 pontos, mais alto do que outubro de 2007, quando marcou 127 pontos.
Por regiões do Brasil o Índice mostra que no nordeste a confiança do consumidor ficou praticamente estável (134 pontos, contra 135 pontos em setembro), no sudeste caiu de 147 pontos (setembro) para 139 pontos (outubro), a sul subiu mais acentuadamente de 110 pontos (setembro) para 130 pontos (outubro) e subiu também, mas menos, nas regiões norte e centro oeste, passando de 156 pontos (setembro) para 160 pontos (outubro). Neste caso, o câmbio mais favorável aos exportadores de commodities agrícolas deve ter influenciado o INC, que já demonstrava otimismo em setembro.
Em relação às compras, a ACSP/Ipsos mostrou que 44% dos entrevistados estão “mais favoráveis” a comprar eletroeletrônicos, contra 32% “menos favoráveis”. Essa tendência se inverte em ralação aos bens de maior valor: 40% estão “menos favoráveis”, contra 32% “mais favoráveis”.
Vale destacar que a confiança na manutenção do emprego continua sustentando o otimismo: 41% dos entrevistados estão “mais confiantes” e 27% “menos confiantes”. Destaque para o número de pessoas conhecidas dos entrevistados que perderam o emprego em outubro: ficou em 3,7%, porcentagem praticamente estável há seis meses.
A pesquisa ACSP/Ipsos perguntou o que o consumidor pretende fazer com o 13º salário, no final do ano. As respostas dão a dimensão da confiança do consumidor, para o curto prazo: 37% pretendem gastar o dinheiro com compras, 34% pretendem pagar dívidas, 12% reformar a casa, apenas 1% dar entrada na compra da casa ou do carro novo, 8% pretendem viajar e 9% aplicar o dinheiro no banco.
A pesquisa ACSP/Ipsos perguntou ainda se a disposição do consumidor é pagar as compras à vista ou a prazo e constatou: 62% dos entrevistados pensam, em pagar à vista, enquanto 26% preferem parcelar (média nacional), enquanto essa intenção sobe para 37% no nordeste, sendo a classe C (31%), a que mais se enquadra nesse perfil.