Comerciantes querem ampliação das calçadas e a permanência dos ônibus e lotações
Preocupados com os resultados econômicos danosos que a mudança irá provocar, os comerciantes pediram a paralisação das obras até que se faça um novo projeto. Para isso, sugeriram que o estacionamento controlado pelo sistema Zona Azul seja retirado da Sete de Setembro e as linhas de ônibus e lotações continuem circulando. “Os maiores consumidores são a população que vai ao centro de ônibus e não de automóvel”, disse Nilton Prudêncio da Silva, proprietário da loja Mar Brasil.
Eles acreditam que a retirada das linhas irá provocar queda do movimento de pedestres, muitas lojas fecharão e, como conseqüência, aumentará o desemprego. “Nós estamos gerando empregos, pagando impostos e o que nos mantém são os ônibus”, disse o comerciante. Também sugeriram que seja construído um ponto no calçadão da rua Felício Marcondes para melhorar o trânsito de pedestres.
Essa discussão teve início no dia 26 de janeiro na sede da ACE-Guarulhos, quando vários comerciantes já solicitavam a revisão do projeto de revitalização do centro. A maioria concorda com a ampliação das calçadas, desde que linhas continuem circulando normalmente.
A secretária alegou que o projeto inicial foi pensando considerando o fluxo de toda a cidade e não somente das ruas do centro. “Não podemos olhar isoladamente”. Além disso, disse que a prefeitura quer consolidar corredores de transporte público. “A prefeitura não tem orçamento para manter as linhas de ônibus em todos os lugares porque fica mais caro com a colocação de concreto e não de asfalto”. Segundo a Secretária, novos estudos foram iniciados a partir da reunião do dia 26, quando foram propostas a troca da Zona Azul pela ampliação das calçadas e a instalação de um ponto de ônibus na altura do calçadão da rua Felício Marcondes. Ela garantiu que as sugestões dadas naquele dia, repetidas na reunião pelos comerciantes, serão estudadas.
Queda no movimento – Lucio Prianezi, da Mega Perfumaria localizada na rua Capitão Gabriel, disse que o movimento de consumidores em sua loja caiu muito desde o dia 31 de janeiro quando foram retiradas mais de 30 linhas do ponto próximo ao Mc´Donalds. “Onde passavam 52 linhas, hoje só passam 26. No dia da mudança o movimento caiu assustadoramente”, reclamou Prianezi. A secretária também garantiu que será estudada a possibilidade do retorno de algumas linhas para a rua Capitão Gabriel.
