Notícias

Coalizão cruza rio Eufrates e bombardeia guarda de Saddam

Guarulhos, 25 de março de 2003

arteUm enorme comboio de fuzileiros navais dos EUA cruzou nesta terça-feira o rio Eufrates e o Canal Saddam na cidade de Nasiriya, no sul do Iraque, dando início a um grande avanço rumo a Bagdá após abrir seu caminho com intensas batalhas. O correspondente da agência de notícias Reuters Sean Maguire, que viaja com as tropas americanas, disse que o comboio avançou pelas ruas da cidade ao longo de um corredor de forças americanas, cruzando primeiro o rio e depois o canal.

– O comboio está a caminho. Nasiriya ainda parece ser hostil, mas os americanos estão cruzando as águas e estão se movendo rumo ao norte novamente – disse Maguire.

O avanço às margens do Eufrates pode formar um braço de investida ao leste contra Bagdá, localizada 300 quilômetros ao norte de Nasiriya. A oeste do rio, as forças dos EUA estão a apenas 80 quilômetros ao sul da capital.

Enquanto isso, forças aéreas dos EUA bombardearam pela primeira vez as unidades da Guarda Republicana do Iraque nesta terça-feira. Aviões e helicópteros atacaram posições da guarda que garante a segurança da chamada Zona Vermelha, uma linha de proteção desenhada ao redor da capital pelos iraquianos. Correspondentes afirmam que este é um sinal de que a batalha pela cidade está prestes a começar. Testemunhas disseram que o som dos bombardeios foi diferente dos primeiros, sugerindo que bombardeiros americanos B-52 lançavam bombas mais potentes.

Também nesta terça-feira, funcionários do Pentágono disseram à rede de TV americana CBS que a Guarda Republicana recebeu autorização para usar armas químicas contra os soldados da coalizão anglo-americana assim que eles cruzarem a Zona Vermelha. Segundo a emissora, a força mais bem treinada do Iraque – com os homens mais leais a Saddam – controla o cerne das armas químicas iraquianas. A maioria delas, disseram as fontes à CBS, pode ser disparada de armas de artilharia ou lançadores de foguete de curto alcance. O Iraque nega ter armas químicas ou biológicas, conforme acusam os EUA.