Cai o número de notas falsas
O volume de notas falsas em circulação caiu no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado. Até junho, o Banco Central (BC) recolheu 213 mil cédulas falsas do mercado, ante 250 mil em 2007. Segundo João Sidney de Figueiredo Filho, chefe do Departamento do Meio Circulante do BC, o resultado é ainda mais positivo porque o volume de dinheiro colocado no mercado aumentou, e a parcela falsa está em queda.
Em valor, o montante falso apreendido no primeiro semestre equivale a R$ 8,6 milhões. O varejo deve ficar atento ao problema. Embora o treinamento dos profissionais que trabalham nos caixas permita identificar falsificações, há no mercado equipamentos que podem auxiliar essa prática, e custam de R$ 5 a R$ 1,5 mil.
Os equipamentos mais comuns são canetas com tinta especial que reage ao papel-moeda. Esse acessório pode ser encontrado por R$ 6,5 na empresa Money Test. A mesma empresa também vende um detector óptico contra notas falsas, por R$ 1.490. Trata-se de um equipamento com uma câmera que amplia os detalhes da cédula em um monitor.
Outro produto que ganha visibilidade no mercado é o chamado identificador portátil de cédulas falsas. Por R$ 59, a empresa FRT Automação oferece o equipamento, cujo leitor emite um sinal sonoro quando passado sobre as partes magnéticas das cédulas verdadeiras. O aparelho vem com uma lanterna de luz ultravioleta que facilita a visualização de marcas dágua.
Figueiredo Filho lembra que alguns acessórios, como a caneta e o identificador portátil, podem gerar resultados imprecisos em notas falsificadas por meio da técnica de lavagem. Essa técnica consiste de literalmente lavar uma nota de baixo valor e imprimir uma de valor maior sobre ela. Como a base continua sendo o papel-moeda, a tinta da caneta vai reagir como se estivesse sendo usada sobre uma cédula verdadeira. Mas apenas 2% das notas falsas foram produzidas com essa técnica.
Segundo o dirigente do BC, a imensa maioria das falsificações é de impressões toscas em papel comum. Por esse motivo, a identificação das notas falsas pode ser feita manualmente, de forma simples. “Não se encontram notas falsas com marca dágua ou relevo”, diz Figueiredo Filho. Ele aconselha ao cidadão que verifique sem constrangimento as notas que recebe, seja o comerciante recebendo do cliente, ou este, ao receber o troco. A maioria das notas falsas é de R$ 10 e $ 50. Há cerca de 40 grupos falsificando cédulas no Brasil.