Brasil é campeão em tributos
A carga tributária brasileira é a segunda maior da América Latina e Caribe, perdendo para a Argentina e supera a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O peso dos impostos e taxas continua aumentando nos países latinoamericanos, embora ainda seja baixo se comparada à dos países da OCDE. É o que mostra levantamento realizado pela organização, em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) e Centro Interamericano de Administrações Tributárias (CIAT).
Segundo o informe, o volume cobrado de impostos e taxas como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) cresceu significativamente na região nas duas últimas décadas – de 13,9% em 1990 a 20,7% no ano passado. A taxa fica 14 pontos percentuais abaixo da média dos países da OCDE, que é de 34,6%. Nesse conjunto de nações a proporção varia de 48% na Dinamarca a 19,6% no México.
Argentina, Brasil e Uruguai lideram a lista dos maiores cobradores de impostos, com 37,3%, 36,3% e 26,3% respectivamente, segundo o levantamento. Dessa forma, os dois primeiros ficam acima da média da OCDE. As nações latinoamericanas onde o fisco é menos voraz são a Guatemala (12,3%) e República Dominicana (13,4%).
De acordo com o levantamento, a carga tributária brasileira em relação ao PIB vem crescendo desde 2010. Em 2009 baixou, pelo fato de que a economia teve um vigoroso crescimento (7,5%) – isso fez com que os impostos tivessem participação menor.
Com leves diferenças de um para outro, Argentina e Brasil têm se mantido como campeões em carga tributária entre os países da América Latina e Caribe nos últimos anos. No resultado anterior ao divulgado ontem, de 2011, o Brasil estava à frente, com um volume de 34,9% de impostos sobre o PIB e a Argentina no segundo lugar, com 34,7%. Em 2010, no entanto a Argentina ficou na liderança, com 33,5% e Brasil no segundo posto, com 33,2%.