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Banco Popular abrirá as portas neste mês

Guarulhos, 02 de fevereiro de 2004

O novo banco é uma subsidiária do Banco do Brasil criado com o objetivo de atender os brasileiros que hoje vivem no setor informal e também aqueles que têm uma renda mensal de até três salários mínimos (R$ 720,00).

A essas pessoas o Banco Popular do Brasil oferecerá, a princípio, uma conta corrente do tipo simplificada. Para ter uma não é preciso comprovar renda nem ter CPF. Na conta corrente do Banco Popular do Brasil o correntista também não pagará nenhuma tarifa ou taxa de manutenção da conta.

Correspondentes – Como a proposta do governo é permitir o acesso da população de menor renda aos serviços e produtos bancários, o atendimento a esse público será feito por meio de uma rede de correspondentes.

Ao todo, serão 4.500 pontos do banco popular que estarão funcionando em farmácias, pequenos supermercados e lojas menores. “Os pequenos estabelecimentos terão prioridade para operar como correspondentes do novo banco por estarem mais próximos às áreas onde existe uma maior concentração de pessoas que trabalham na informalidade e também das que têm renda menor”, diz Heloisa de Oliveira, diretora de canais do Banco Popular do Brasil.

Sob medida – Como conta diferenciada, os produtos também serão desenvolvidos sob medida. Segundo Heloisa Oliveira, a conta corrente será movimentada por meio de um cartão magnético.

Além da conta corrente, o banco popular abre as portas com o serviço de recebimento de contas de água, luz e telefone. “Após esse período inicial de adaptação dos correspondentes estaremos oferecendo uma linha de crédito a esse público, com limites baixos”, diz Heloisa de Oliveira. A meta é ter um milhão de clientes até o final de 2004.

Custo menor – O crédito, segundo a diretora do banco, funcionará na base da confiança entre as partes. O cliente que tomar um empréstimo ganhará novo crédito com base na pontualidade do pagamento do primeiro. É o crédito fornecido com base no histórico de bom pagador do cliente, trabalhado aqui de forma informal.

“É uma relação de confiança mútua, na qual nós estaremos mostrando que confiamos no cliente e que ele pode confiar no banco”, diz a diretora da instituição.

Nesses empréstimos, os juros cobrados serão de 2% ao mês. Dentro da linha de popularização do governo Lula. “Estamos iniciando um processo de inclusão social por meio da inclusão bancária”, completa.

Cartões, seguro… – Depois da conta corrente e da linha de crédito, deverão vir produtos como o cartão de crédito, seguros, títulos de capitalização, entre outros, à semelhança dos bancos tradicionais, com a diferença de ter como foco um público mais específico.

Mais uma novidade boa: não há limite mínimo para a abertura da conta corrente. Assim, com R$ 10 é possível tornar-se cliente do novo banco.

Melhor que isso: um convênio com a Receita Federal permitirá ao banco fornecer CPF a quem não tem. De graça. O número será gravado no cartão magnético. O objetivo é chegar cada vez mais perto de um público cada vez mais longe do sistema bancário tradicional.

Roseli Lopes