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Alta da gasolina causa inflação de 0,6%

Guarulhos, 11 de abril de 2002

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 0,60% em março. O reajuste da gasolina foi o principal responsável pela inflação – o combustível subiu 4,16% no mês. O aumento da energia elétrica, de 2,24%, também contribuiu. No primeiro trimestre do ano, porém, o preço médio da gasolina diminuiu 10,98%. Nesse intervalo, o item que mais contribuiu para a inflação foram as tarifas de energia elétrica, que ficaram 7,05% mais caras. Em fevereiro, o IPCA havia registrado inflação de 0,36%. No ano, o índice já acumula avanço de 1,49%. Nos últimos 12 meses, a alta é de 7,75%. Em março do ano passado, a taxa foi de 0,38%. O indicador é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e serve como base para o monitoramento das metas de inflação do governo. Para este ano, a meta foi fixada em 3,5%, podendo variar dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. Apesar disso, o Banco Central, em relatório de março, admitia uma inflação de 4,4% para 2002. Analistas do mercado, porém, são mais pessimistas. Segundo o último boletim Focus, que mede as previsões feitas pelo mercado e é divulgado semanalmente pelo BC, a inflação pode passar os 5% neste ano.

Baixa renda – Regionalmente, Porto Alegre foi a cidade que registrou a maior taxa de inflação em março, de 1,26%, em razão dos aumentos de 7,84% das tarifas dos ônibus urbanos e de 8,43% do esgoto. A inflação mais baixa foi verificada em Belo Horizonte (0,29%). São Paulo teve o segundo menor IPCA do mês, de 0,42%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também calculado pelo IBGE, subiu para 0,62% em março. Em fevereiro, o indicador havia registrado inflação de 0,31%. No ano, a alta chega a 2,01% e, nos últimos 12 meses, a 9,72%. O INPC toma como base famílias que ganham entre 1 e 8 salários mínimos. O IPCA pesquisa famílias que ganham entre 1 e 40 salários mínimos.