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Alckmin diz que ação dos perueiros é inaceitável

Guarulhos, 03 de agosto de 2001

O governador Geraldo Alckmin qualificou de “inaceitável” o modo como os perueiros têm se manifestado na região metropolitana de São Paulo. “O que houve em Guarulhos foi um enorme abuso”, disse o governador, lembrando a invasão que ocorreu na noite de segunda para terça-feira, quando 150 donos de lotações invadiram a Prefeitura e causaram R$ 100 mil de prejuízo ao destruir computadores e outros equipamentos.

Alckmin explicou que o gerenciamento do transporte é um problema municipal, mas quando ocorrem atos de depredação, vandalismo e atentados à vida e ao patrimônio, o caso passa a ser de responsabilidade da Secretaria Estadual de Segurança Pública. “A polícia vai coibir a ação dessas pessoas inescrupulosas”, afirmou o governador.

O secretário de Segurança, Marco Vinício Petrelluzzi, lembrou que já foram presos 60 perueiros, que participavam de ações de vandalismo. “Eu nunca neguei que esse é um problema de segurança pública”, disse o secretário.

“Não estamos fugindo de nossas responsabilidades.”

Petrelluzzi deixou claro que não cabe à Secretaria Estadual de Segurança fiscalizar perueiros. “Essa função de fiscalização das lotações é de responsabilidade das prefeituras”, afirmou. O secretário esclareceu que, se houver manifestações de perueiros, “que ultrapassem os limites da lei”, a polícia irá reprimir.

Para Petrelluzzi, a “gênese do problema” é a falta de definição de uma política para o setor de transportes. “Essa situação indefinida põe o motorista de ônibus de um lado, o perueiro do outro e o povo fica no meio, sofrendo.”

O secretário de Segurança não acredita na existência de máfias de perueiros.

“O que há são organizações que se articulam para tomar conta dos pontos.”

Ele disse que aumentou de 50 para 70 homens o número do efetivo à disposição da Prefeitura de São Paulo, para enfrentar os perueiros rebelados.